Conforme a coluna noticiou, esta não é a primeira mudança nos quadros da Corregedoria da PMDF após a polêmica, em dezembro de 2021
O coronel Alessandro Marco Alencar Alves foi exonerado da chefia do Departamento de Controle e Correição, do Comando-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A decisão foi assinada pelo governador Ibaneis Rocha e divulgada no Diário Oficial do DF(DODF) desta sexta-feira (4/2).
Três inquéritos policiais militares (IPM) envolvendo o major Fábio Borges foram instaurados na gestão do ex-corregedor. O oficial investigado ligou para o 190 e ordenou que os militares que atenderam a ocorrência levassem um de seus funcionários de volta para casa, em Ceilândia. Segundo informações da corporação, o major estaria “visivelmente embriagado” quando determinou o traslado, em 22 de dezembro do ano passado.
Veja a exoneração:
Questionado a respeito da ordem, aparentemente ilegal, o major teria afirmado que a determinação havia partido do subcomandante-geral da PMDF, Hércules Freitas. “[Os policiais] podiam falar com quem quisessem, pois era uma ordem do subcomandante-geral”, relata o registro de atividade policial.
Conforme a coluna noticiou, esta não é a primeira mudança nos quadros da corregedoria após o fato polêmico. Em 19 de janeiro deste ano, o coronel Marcus Paulo Koboldt, que tocava as investigações, foi retirado do cargo de corregedor adjunto. Ele assumiu a Subchefia de Operações do Departamento de Operações (DOP) da corporação.
Afastamento
Durante a abordagem, o Centro de Operações da Polícia Militar confirmou que a ligação havia sido feita de fato pelo subcomandante-geral. Diante do desdobramento, os militares foram orientados a realizar os procedimentos que achassem cabíveis.
Oito dias depois, o major que ligou para o 190 e ordenou “carona em viatura” foi afastado das funções que exercia no gabinete do Subcomando-Geral da PMDF. No entanto, fotos tiradas na festa ocorrida na casa do major mostram que a cúpula da PMDF estava presente, entre eles o comandante-geral da corporação, Márcio de Cavalcante Vasconcelos, além de Hércules Freitas.
Em nota, Márcio de Cavalcante Vasconcelos informou que o Comando-Geral da PMDF instauraria procedimento apuratório competente para investigar o caso. “O Comando da PMDF ratifica que não compactua com nenhuma atitude de qualquer policial que seja contrária à legalidade e aos princípios éticos e morais que devem reger a administração pública”, disse.
Procurado pela coluna, o coronel Alessandro Marco Alencar Alves afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto.
Fonte: Na Mira/Metrópoles*