O contrato é válido por 20 anos com investimento previsto de R$ 120 milhões.
Agência Brasília
A gestão da Rodoviária do Plano Piloto, um dos principais terminais de transporte público do Distrito Federal, passará para as mãos da iniciativa privada. O Consórcio Catedral, constituído pelas empresas RZK Empreendimentos Imobiliários Ltda e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda, foi vencedor da licitação promovida pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF), conforme publicação no Diário Oficial do DF desta terça-feira -feira (8).
Com um investimento previsto de R$ 120 milhões e um contrato válido por 20 anos, o consórcio assumirá a responsabilidade de modernizar e gerenciar o complexo rodoviário, que abrange tanto a edificação principal da rodovia quanto os estacionamentos superiores e inferiores próximos ao Conjunto Nacional e ao Setor de Diversões (Cônica). O próximo passo será a assinatura do contrato entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Consórcio Catedral, etapa esperada para os próximos dias.
Proposta vencedora
A proposta apresentada pelo Consórcio Catedral foi de 12,33% sobre a receita bruta, uma porcentagem que corresponde ao valor da outorga que será paga anualmente durante o período da concessão. Esse valor foi consideravelmente superior ao mínimo exigido no edital, de 4,3%. O consórcio se destacou entre os concorrentes por sua oferta competitiva e pela garantia de recursos para melhorias substanciais na rodoviária.
Os recursos para a operação serão oriundos de serviços como aluguéis de espaços comerciais, exploração publicitária e a operação dos depósitos rotativos, que também serão reformados e modernizados.
Concorrência acelerada
Outros dois consórcios participaram da disputa: o Consórcio Empresarial Rodoplano, que ofereceu uma proposta econômica de 18,90%, e o Consórcio Urbanístico Plano Piloto, que apresentou 10,33%. Apesar de ter uma menor oferta econômica entre os concorrentes, o Consórcio Catedral conseguiu vencer o certo ao apresentar uma proposta mais viável e homologada às exigências técnicas e operacionais do edital.
Impacto das melhorias
A concessão da rodoviária, aprovada pela Lei Distrital nº 7.358/2023 e sancionada pelo governador Ibaneis Rocha em janeiro deste ano, tem como objetivo principal a revitalização e modernização da infraestrutura do terminal. De acordo com o cronograma previsto, o consórcio terá seis anos para todos os investimentos previstos no contrato, sendo que a reforma estrutural deverá ser concluída em até quatro anos, com um aporte de R$ 54,9 milhões.
Nos primeiros três anos, o consórcio deverá investir R$ 57,7 milhões na modernização das instalações. Além das obras físicas, um Centro de Controle Operacional será implantado para garantir a gestão eficiente e em tempo real do fluxo de passageiros e veículos, elevando o padrão de segurança e conforto oferecido aos usuários.
Os estacionamentos superiores e inferiores, atualmente oferecidos de forma gratuita, passarão a ser rotativos, trazendo maior controle e organização para o espaço, que é um dos mais movimentados da cidade, especialmente em horários de pico.
Expectativas
O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, destacou a importância do projeto para a cidade e os usuários do transporte público. “Com a publicação do resultado, o próximo passo será a assinatura do contrato entre o GDF e o consórcio vencedor. Esperamos que no Natal e nas festividades de fim de ano a rodoviária já estejam com um aspecto bem melhor, oferecendo mais conforto e segurança para os usuários”, afirmou.
O contrato de 20 anos prevê uma transformação significativa na Rodoviária do Plano Piloto, um marco no transporte público do DF, que atende milhares de pessoas diariamente. A expectativa é que o novo modelo de gestão privada traga maior eficiência, segurança e conforto para os passageiros, além de ser um incentivo para a economia local, com a geração de empregos durante as obras e a operação do terminal.
Com o Agenda Capital