O presidente eleito nos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (9/11), a criação do Conselho Consultivo de Covid-19, uma equipe de líderes especialistas em saúde pública que vai aconselhar Biden e Kamala Harris. A medida faz parte do plano de transição do democrata.
“Lidar com a pandemia de coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará e serei informado pela ciência e por especialistas”, disse o presidente eleito.
“O conselho consultivo ajudará a moldar minha abordagem para gerenciar o aumento nas infecções relatadas, garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita, e proteger as populações em risco”, afirmou Biden.
O país registra mais de 236 mil mortes e em pelo menos 40 estados os casos estão aumentando. Por isso, Biden se comprometeu a tratar da pandemia de Covid-19 de uma maneira diferente da atual para conter a disseminação da doença.
Os cientistas e especialistas em saúde pública que compõem o Conselho Consultivo vão consultar as autoridades locais para determinar as medidas para unir a saúde e a economia. A ideia é colocar o vírus sob controle, mas também fornecer alívio imediato às famílias trabalhadoras.
Além disso, existe uma busca para reabrir as escolas e empresas de maneira segura e eficiente e, também, lidar com as disparidades raciais e étnicas existentes no país.
O Conselho Consultivo do Covid-19 de Transição é composto por um grupo diversificado e experiente de médicos e cientistas. Os membros do Conselho Consultivo atuaram em administrações anteriores e têm experiência em se envolver e liderar a resposta de nosso país às crises de saúde pública em todo o mundo.
Brasileira na equipe
Além dos co-presidentes, o conselho terá como membros Rick Bright, Ezekiel Emanuel, Atul Gawande, Celine Gounder, Julie Morita, Michael Osterholm, Loyce Pace, Robert Rodriguez, Eric Goosby e a brasileira Luciana Borio.
De acordo com o comunicado, Luciana é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos e especializada em biodefesa, doenças infecciosas emergentes, desenvolvimento de produtos médicos e emergências complexas de saúde pública.
A brasileira ocupou cargos de liderança sênior na FDA (Food an Drug Administration, que seria semelhante a Anvisa no Brasil) e no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, inclusive como cientista-chefe interina da FDA.
Luciana também atuou como diretora do escritório de contraterrorismo e ameaças emergentes e comissária assistente para política de contraterrorismo.