O papel e a situação dos brigadistas florestais contratados pelo governo do Distrito Federal foram abordados durante a sessão da Câmara Legislativa nesta terça-feira (16). “Eles fazem um trabalho fantástico, enfrentam o fogo e arriscam suas vidas pelo nosso Cerrado, mas têm um contrato temporário, restrito ao período da seca”, afirmou o deputado Guarda Janio (Pros).
O parlamentar lamentou os baixos salários pagos a esses profissionais e defendeu contratos de um ano: “Passou a seca, temos de cuidar de nascentes e reflorestamentos. Temos parques para serem cuidados”.
Auditor fiscal da área de meio ambiente, o deputado João Cardoso (Avante) contou ter trabalhado por 23 anos em unidades de conservação do DF, onde pode acompanhar, de perto, a atuação dos brigadistas florestais. “Quem nunca combateu um incêndio florestal não sabe o que é, não sabe os riscos e perigos envolvidos nem os problemas de saúde que podem advir”, apontou.
Com relação à forma de contratação desses combatentes, o distrital argumentou: “Os brigadistas não podem ser tratados como objetos que a gente usa durante a seca. Eles precisam comer e sustentar suas famílias o ano inteiro”. Cardoso lembrou ainda que há trabalho a ser feito: “Há aceiros (técnica para prevenir ou atrasar incêndios) para cuidar, e eles podem ser disseminadores de trabalhos ambientais nas escolas, reduzindo o número de incêndios florestais criminosos”.
Com Agência CLDF (Denise Caputo)