terça-feira, 30/12/25
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Chefe da ONU pede seriedade em 2026 frente ao ‘caos’ mundial

Em mensagem de Ano Novo, ONU alerta para mundo em “caos” e cobra foco em pessoas e no planeta

Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres – Tony Karumba/AFP

 

Em sua mensagem de Ano Novo, a ONU descreveu um mundo mergulhado no caos e pediu
seriedade aos líderes para se concentrarem nos problemas enfrentados pela população e no
planeta para sair de uma situação de “violência” e “divisão”.

As Nações Unidas passam por momentos críticos: dos 45 bilhões de dólares (249 bilhões de
reais) solicitados em 2025 para financiar projetos, só arrecadaram 12 bilhões (66 bilhões de
reais), o montante mais baixo em uma década.

Esses recursos permitiram ajudar apenas 98 milhões de pessoas, ou seja, 25 milhões a menos
do que no ano anterior.

“Ao entrar no novo ano, o mundo se encontra em uma encruzilhada. O caos e a incerteza nos
cercam. Divisão. Violência. Colapso climático. E violações sistemáticas do direito
internacional”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma mensagem em
vídeo.

Com múltiplos conflitos ativos, como o da Ucrânia, os líderes mundiais têm a obrigação de
fazer o possível para aliviar o sofrimento humano, assim como de combater a mudança
climática e mitigar suas consequências.

“Faço um apelo aos líderes de todo o mundo: sejam sérios. Escolham as pessoas e o planeta
acima da dor”, disse Guterres.

O chefe da ONU criticou o aumento dos gastos militares dos países em quase 10% este ano,
alcançando 2,7 trilhões de dólares (14,95 trilhões de reais), o que representa 13 vezes o gasto
mundial total em ajuda ao desenvolvimento.

As guerras estão causando estragos em níveis nunca vistos desde a Segunda Guerra Mundial,
acrescentou.

“Neste novo ano, vamos colocar as prioridades em ordem. Um mundo mais seguro começa
investindo mais no combate à pobreza e menos em guerras. A paz deve prevalecer”, disse
Guterres, que em 2026 deixará o cargo de secretário-geral.

Grande parte da redução nos fundos para o desenvolvimento deve-se aos cortes
determinados por Donald Trump nesse setor.

 

Agence France-Presse

 

 

 

 

 

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