O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esteve nesta quarta-feira (1º/10) na Câmara Legislativa (CLDF) para apresentar os valores previstos em obras e projetos na capital. O maior montante é para a mobilidade urbana, R$ 3,2 bilhões

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou, nesta quarta-feira (1º/10), na Câmara Legislativa (CLDF), os valores previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o Distrito Federal. Em obras e projetos, são R$ 6,4 bilhões. Com isso, o total de investimentos que impactam a região, incluindo empreendimentos de caráter regional, chega a R$ 14 bilhões. “Esse valor de R$ 6,4 bilhões é exclusivo do DF. Já os investimentos que ultrapassam fronteiras, como ferrovias e linhas de transmissão, também beneficiam o Distrito Federal, mas entram na categoria regional”, explicou.
Grande parte dos investimentos foi para a área de mobilidade urbana, que deve receber R$ 3,2 bilhões para obras no BRT (eixos Sul, Norte e Sudoeste e Corredor Eixo Oeste); expansão do metrô de Samambaia; e rodovias. O montante só é alcançado pelos aportes no programa Minha Casa, Minha Vida (R$ 1,3 bilhão), rodovias (R$ 453 milhões), saneamento (R$ 294 milhões) e prevenção de desastres (R$ 286 milhões). Também haverá recursos para saúde, educação, cultura e inovação. “O maior volume está concentrado em mobilidade, porque sabemos que essa é uma das grandes necessidades do Distrito Federal. Mas também há investimentos em saneamento, saúde e educação, áreas que impactam diretamente a qualidade de vida”, reforçou.
Ele ressaltou que parte dos projetos exige prazos mais longos, que ultrapassam mandatos presidenciais. “Uma ferrovia, uma grande barragem ou um metrô dificilmente ficam prontos em quatro anos. Mas, ainda assim, precisam ser feitos, porque são investimentos estruturantes para o crescimento do país”, disse. Até abril de 2025, segundo o ministro, 53% dos empreendimentos previstos já estavam em execução, com 98 obras em andamento.
Rui Costa também enfatizou os resultados do programa Minha Casa, Minha Vida, que integra o Novo PAC. No DF, estão previstas 14 mil novas unidades habitacionais. O ministro lembrou que a meta nacional definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva era de 2 milhões de moradias até o fim do mandato, mas o programa superou 1,7 milhão de entregas e deve chegar a 3 milhões contratadas até 2026, número 50% superior ao previsto inicialmente.
Setor produtivo
Parlamentares destacaram a importância dos investimentos para o desenvolvimento da capital. O deputado distrital Chico Vigilante (PT) ressaltou que o encontro, proposto por ele, chega em um momento estratégico. “Sabemos do carinho que o governo federal tem conosco, por isso a vinda do senhor (referindo-se a Costa) nos enche de alegria”, afirmou.
Jamal Jorge Bittar, presidente do Sistema Fibra (Federação das Indústrias do Distrito Federal), acompanhou a apresentação. Para ele, a visita de Rui Costa à CLDF deu lastro a uma relação intergovernamental pouco visualizada. “Os números falam mais do que nossas convicções ideológicas. Achei muito importante a vinda do ministro, pois nos conecta com o PAC. Nossa sociedade aqui enxerga o governo federal e suas aplicações de forma muito distante, quando, na verdade, estamos mais próximos do que imaginamos”, avaliou.
Veja os recursos
- Total previsto: R$ 6.4 bilhões
- Mobilidade urbana sustentável: R$ 3.2 bilhões
- Minha Casa, Minha Vida: R$ 1.3 bilhão
- Rodovias: R$ 453,7 milhões
- Esgotamento sanitário: R$ 294,6 milhões
- Prevenção a desastres — contenção de encostas e drenagem: R$ 286,8 milhões
- Educação: R$ 209,6 milhões
- Serviços postais: R$ 139,4 milhões
- Saúde: R$ 105,5 milhões
- Inovação e pesquisa: R$ 103,9 milhões
- Urbanização de favelas: R$ 87,5 milhões
- Cultura e esporte: R$ 44,5 milhões