No dia anterior, governo do país vizinho havia bloqueado a entrada e saída de transportadores devido à impasse relacionado à apresentação de exame RT-PCR.
Um sindicato de caminhoneiros argentinos bloqueia a passagem dos motoristas que entram e saem do país por Paso de Los Libres, cidade na fronteira do país com o Brasil, na manhã desta quinta-feira (22). Eles pedem que a Argentina deixe de exigir teste RT-PCR negativo para Covid a transportadores internacionais.
“Estamos em uma causa comum com os motoristas brasileiros e argentinos”, afirma o transportador e integrante do sindicato Caminhoneiros Unidos de Paso de Los Libres, Arnaldo Ariel Verón.
Além disso, o grupo pede a antecipação da vacinação para a categoria. Na quarta-feira (21), a ponte de Uruguaiana, que liga Paso de Los Libres à cidade brasileira, havia ficado bloqueada por seis horas, por decisão do governo.
O impasse iniciou após a exigência, pelo governo argentino, de exame RT-PCR negativo com até 72 horas de antecedência para ingresso no país. Os manifestantes brasileiros não concordam e pedem reciprocidade, ou seja: que o governo brasileiro também exija o exame para os transportadores internacionais ou que a argentina deixe de pedir o exame.
No lado brasileiro, na entrada da Receita Federal, em Uruguaiana, cerca de 30 motoristas brasileiros seguem com a intervenção em que questionam aos motoristas internacionais que chegam ao local se eles têm exame RT-PCR negativo, apesar de o Brasil não exigir o teste.
Se o motorista não tem o teste, os manifestantes explicam a situação. Os manifestantes afirma que, por livre arbítrio, os motoristas tomam a decisão de retornar à fronteira. Até a manhã de quinta, quatro haviam retornado.
A Polícia Rodoviária Federal informa que está no local e acompanha as manifestações para que não ocorra nenhum ato de violência. Diz ainda que aguarda definições do governo federal para tomar outras medidas.
A RBS TV entrou em contato com o Itamaraty que, até a publicação dessa reportagem, não havia se manifestado.
O Consultado da Argentina afirma que o governo está tentando resolver essa situação porque, evidentemente, a postura do governo é que isso afeta o comércio internacional e a troca bilateral de produtos. Estão buscando as possíveis soluções para que possam harmonizar um pouco os critérios de exigência de fronteira para os transportadores e que se resolva essa situação e se retome o comércio de bens.
A média diária de circulação pela fronteira argentina é de 500 caminhões.