Como todos sabemos, lá da escola primária, nos bons tempos, os camaleões mimetizam a cor do ambiente em que se encontram.
É uma forma de defesa passiva contra predadores. São considerados os reis da camuflagem e obtém vantagens individuais com isso.
Bem, eles são encontrados na versão política na administração pública brasileira.
São profissionais concursados ou não.
Estes últimos, são colocados no serviço público, claro sem concurso, em funções com os famigerados DAS.
São os piores .
Lá hibernam por décadas, contribuindo ou não com seus partidos políticos, em funções e cargos intermediários da administração
pública.
Muitas vezes não pertencem oficialmente a quadros partidários.
Podem chegar às centenas de milhares.
Alguns milhares , pagam dízimos a seus partidos na República das Facções, outros apenas prestam serviços, retardando ou atrapalhando trabalhos, ou passando informações para aqueles que patrocinam suas nomeações ou permanencias em cargos ou funções gratificadas ou, ainda, apenas vivem de ganhos que não conquistaram por seu méritos.
Obvio, estes são os piores.
Claro , de uma forma ou de outra , prejudicam funcionários públicos que fizeram esta opção como carreira e meio de vida.
Alguns muitos, hábeis manipuladores, conseguem servir a vermelhos, azuis e marrons. Conscientes disso ou não.
São excelentes “caras de paus” ou simplesmente, venais
Outros auxiliam processos de corrupção.
Tudo bem.
Talvez seja um meio de vida.
Entendo.
Mas, em algumas funções públicas Instituicionais, como Inteligência, é absurdo servir a dois ou mais senhores.
É a virtude da lealdade.
A quebra disso é fatal.
E acontece.
Um diretor ou presidente de órgão ou autarquia que seja nomeado para atender políticas públicas , claras e transparentes, é admissível, mas camaleões sabotadores não.
Marco Antonio dos Santos
Coronel do EB
Dr em Planejamento Estratégico.
Analista Master de Inteligência
Ex Diretor do Incra.