Caiu como um petardo na sede do PTB a gravação, publicada pelo Portal Metrópoles, em que Daniel de Abreu Corrêa, articulador político da deputada distrital Jaqueline Silva e primeiro-secretário do partido no DF, ensina a um provável indicado para o Conselho de Cultura do Distrito Federal como armar para ganhar dinheiro por fora com projetos de eventos, shows e apoio a quadrilhas juninas.
Ele sugere que parte do dinheiro arrecado será destinado a um caixa de campanha para a reeleição da deputada, em 2022.
Incomodou também a informação, replicada por outros sites, como o Quid Novi, de que Daniel Corrêa teria sido preso em 2006 praticando furto em interior de veículos em Brasília.
Jaqueline Silva classificou a denúncia como gravíssima e prometeu acionar os meios legais, como a Polícia Civil e o Ministério Público, para a devida apuração.
Uma gravação não tem o condão de atribuir à deputada a responsabilidade por atos de terceiros, os quais podem estar blefando para levar vantagem. Fica, porém, a impressão de que o articulador não possui antecedentes que o qualifiquem para ocupar o cargo de dirigente partidário, que exerce por indicação da parlamentar. Seria o caso de ser afastado, de imediato, até a completa apuração dos fatos.