Presidente da Câmara disse defender punição para ‘todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo’. Bolsonaro foi incluído em inquérito sobre ‘autores intelectuais’ dos atos.
Por Filipe Matoso, g1 — Brasília
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/K/P/rFBAV1ShWtTSWBv7Amjg/lira.jpg)
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (16) defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro responda por eventuais condutas relacionadas à instigação dos atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios, no último dia 8.
Lira foi questionado sobre a inclusão de Bolsonaro como investigado em um inquérito que apura quem foram os “mentores intelectuais” dos atos golpistas que depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
“Cada um responde pelo que faz. Meu CPF é um, o CPF do ex-presidente Jair Bolsonaro é outro. Nós temos que ter calma neste momento e investigar todos os aspectos. A nossa fala não muda. Todos os que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, declarou.
Lira visitou nesta segunda o batalhão da Polícia Militar que fica logo atrás da Câmara, na Praça dos Três Poderes.
A governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança pública da capital, Ricardo Cappelli, também estiveram no local.
Lira foi aliado de Bolsonaro ao longo do mandato do ex-presidente – incluindo os dois anos que o deputado presidiu a Câmara.
Desde a eleição, no entanto, Lira se reuniu algumas vezes com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – o governo deve apoiar a reeleição do presidente da Câmara para o comando da Casa.


