O medicamento não é capaz de curar nem de prevenir a doença; objetivo é amenizar sintomas e evitar casos graves
São Paulo – Começou a ser testado no primeiro paciente o soro anti-Covid desenvolvido pelo Instituto Butantan. Um homem transplantado de 65 anos recebeu o soro na última sexta-feira (12/11) no Hospital do Rim, na zona sul de São Paulo, de acordo com reportagem do G1.
O imunobiológico está sendo testado para descobrir se ele consegue amenizar os sintomas e evitar casos graves de Covid-19 nas pessoas já infectadas. O medicamento não é capaz de curar nem de prevenir a doença.
Produzido com plasma de cavalos, o soro não vai substituir a vacina, mas, se funcionar, será uma possibilidade de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença.
Segundo o Hospital do Rim informou ao G1, o primeiro paciente a receber o soro não teve nenhum efeito colateral, e a resposta ao medicamento foi adequada.
O teste do soro vai envolver 30 indivíduos. Para receber a medicação, a pessoa tem de ter sido diagnosticada com uma manifestação leve do coronavírus, de modo a prevenir a evolução para um quadro grave da doença.
Ainda não há prazo para divulgação dos primeiros resultados.
O paciente número 1 testado está sendo observado em leito semi-intensivo, onde ficará por 28 dias.
Também serão feitos testes em pessoas com Covid-19 e câncer internadas no Hospital das Clínicas. Na segunda fase, devem participar 558 pacientes transplantados e oncológicos.
O início dos testes foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio deste ano.