Hoje seria o aniversário de Tarcisio Burity.
O ex-governador da Paraíba faria 82 anos se vivo estivesse.
Foi um homem além do seu tempo.
Fez um Governo voltado para o futuro. Pensou grande em tudo o que fez. E se não fez mais, debite-se na conta das incompreensões de alguns que, por não terem o seu brilho, cuidaram de atrapalhar seus passos.
Convivi de perto com Burity. Nunca fui seu assessor direto, mas como assessor de imprensa da sua esposa, Glauce Burity, testemunhei gestos e atos desse homem que aprendi a admirar, respeitar e ter como espelho dos meus passos por essa vida afora.
Como menos de 40 anos, já era professor universitário, secretário de Estado e governador da Paraíba.
Fez um primeiro Governo tão primoroso que, quando se candidatou de novo em 1986, obteve uma maioria sobre seu oponente de 300 mil votos.
No seu segundo Governo, foi sabotado, traído, miseravelmente perseguido, mas nem por isso deixou de marcar sua passagem pelo Governo com obras ainda hoje presentes na vida do paraibano, como o abastecimento d`água de Gramame, a avenida de Intermares, o Hospital de Trauma, os conjuntos de Mangabeira e Valentina, 50 mil casas populares, o Espaço Cultural e quilômetros incontáveis de estradas asfaltadas.
Quis o destino que sua vida fosse abreviada, primeiro por um atentado inconsequente, e depois por um coração avariado.
Morreu novo.
Certa vez lhe perguntaram se tinha medo da morte.
Ele não tinha.
“Não tenho medo da morte, tenho saudade da vida”.
*Tião Lucena