Segundo a instituição, as medidas aplicadas pela Justiça Federal são voltadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e a outras instituições mencionadas nos autos

Investigado por suspeitas de fraudes, o Banco de Brasília (BRB) negou ser alvo de bloqueio de bens por parte da Justiça Federal, após a Operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal nesta terça (18/11), apontar para a emissão e negociação de créditos falsos com o fim de adquirir o Banco Master. Segundo a instituição, as medidas aplicadas são voltadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e a outras instituições mencionadas nos autos.
Denominada de Compliance Zero, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do banco, no Setor de Autarquias Norte, e no apartamento do presidente da instituição, Paulo Henrique Costa. A PF estima que as fraudes contra o sistema financeiro podem ter movimentado até R$ 16,7 bilhões, entre 2024 e 2025, no banco Master.
“Informações divulgadas por veículos de imprensa afirmaram que a Justiça Federal teria determinado o bloqueio de R$ 12,2 bilhões pertencentes ao Banco de Brasília. No entanto, decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, desta data, expressamente retifica despacho anterior para excluir o Banco BRB das medidas de constrição patrimonial”, afirma o banco, em nota.
Segundo o BRB, a retificação exclui a instituição das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, “uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira”, diz trecho do despacho, divulgado pelo banco.
O BRB também reforçou que vai contratar uma autoria externa especializada para apurar as suspeitas de fraudes mencionadas pela PF. “O BRB, em cumprimento ao disposto na Resolução CVM no 44/2021, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração se reuniu na noite de 18/11/2025 para avaliar os fatos relacionados à denominada operação compliance zero, tendo deliberado pela contratação de auditoria externa especializada, com o objetivo de apurar os fatos mencionados na referida operação”, diz a nota, assinada por Cristiane Maria Lima Bukowitz, diretora-executiva de Gestão de Pessoas e presidente em exercício, e Iure Cavalcante Oliveira, gerente de Relações com Investidores.
Confira na íntegra a nota do BRB:
O BRB esclarece que não é alvo de bloqueio de bens no âmbito da Operação Compliance Zero. Informações divulgadas por veículos de imprensa afirmaram que a Justiça Federal teria determinado o bloqueio de R$ 12,2 bilhões pertencentes ao Banco de Brasília.
No entanto, decisão da 10ª Vara Federal de Brasília, desta data, expressamente retifica despacho anterior para excluir o Banco BRB das medidas de constrição patrimonial. Conforme o texto da decisão:
“Retifico a decisão (…) para excluir o Banco Regional de Brasília (…) das medidas de constrição patrimonial referentes ao bloqueio do montante total de R$ 12,2 bilhões de suas contas, uma vez que a eventual responsabilidade de seus dirigentes (pessoas físicas) não se confunde com a da pessoa jurídica, a qual figura como instituição financeira.”.
O Banco ressalta que não há qualquer bloqueio de bens ou valores da instituição, sendo as medidas aplicadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e a outras instituições mencionadas nos autos.
O BRB reforça seu compromisso com a transparência, a legalidade e o cumprimento rigoroso das normas que regem o sistema financeiro nacional.

