Banco de Brasília Imagem: Reprodução
Com forte atuação no controle de gastos, investimento no social e no combate aos prejuízos que vêm sendo causados pela crise do novo coronavírus, o Banco de Brasília (BRB) fechou os três primeiros meses de 2020 com números positivos. O banco teve lucro líquido de R$ 107,6 milhões no período, cifra que representa crescimento de 64% em relação ao mesmo período de 2019.
O resultado e o crescimento foram gerados pelo aumento da margem financeira, avanço das receitas com tarifas e prestação de serviços, redução das despesas em relação a devedores duvidosos e controle de gastos das despesas com pessoal e administrativas.
“Os resultados alcançados no primeiro trimestre evidenciam as ações adotadas pelo Banco frente ao cenário desafiador para o período e para os próximos meses, sobretudo por conta da pandemia da Covid-19”, ressaltou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
Carteira de crédito
Os principais destaques, de acordo com o balanço do BRB, foram em relação ao crédito consignado. O produto teve saldo de R$ 6,7 bilhões, com evolução de 35,7% em 12 meses e de 10,2% no trimestre. A carteira de crédito ampla chegou a R$ 12,1 bilhões: crescimento de 31,2% em 12 meses e de 9,8% no trimestre.
A compra da casa própria também virou realidade para muitos brasilienses por meio do banco público. Com saldo de R$ 1,1 bilhão, o crédito imobiliário teve crescimento de 38,8% no ano e 21,6% em três meses.
As ações do banco em analisar o perfil de clientes e checar liberação de crédito possibilitaram que as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa reduzissem 29% em relação ao mesmo período de 2019.
A redução na despesa decorreu da queda da inadimplência e das características da carteira, marcada pela concentração de 80,6% do saldo em operações de baixo risco, como crédito consignado, imobiliário e crédito parcelado para o servidor público.
Inadimplência
A inadimplência encerrou o primeiro trimestre de 2020 em 1,6%, ou seja, redução de um ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2019, permanecendo abaixo da média de mercado, de 3,2%. Os ratings de menor risco de AA-C atingiram o patamar de 94,9% de participação na carteira em março de 2020, crescimento de 2,2% na comparação com o primeiro de 2019.
As receitas com prestação de serviços e tarifas alcançaram um total de R$ 132 milhões no trimestre, crescimento de 47,1% em 12 meses.
Coronavírus
O BRB tem atuado fortemente junto ao setor produtivo e outras áreas para tentar reduzir os impactos da pandemia de Covid-19. Com as ações de isolamento e o impacto na economia do DF, o BRB apresentou um dos principais programas nessa área, o Supera-DF.
Lançado em março, o programa foi criado com o intuito de minimizar os impactos financeiros para pessoas físicas e jurídicas. Por meio dele, o BRB aprovou cerca de R$ 2 bilhões, o dobro do volume previsto inicialmente. A aprovação dos recursos está relacionada a novas operações e à repactuação, ou seja, suspensão de parcelas de diferentes linhas de crédito por até 90 dias.
Também ficou sob a responsabilidade do BRB atuar junto ao GDF, seu maior acionista, na operacionalização de importantes políticas públicas. No período, atuou em cinco programas sociais: bolsa-alimentação (escolar e creche), pequenos reparos, farmácia de alto custo, renda emergencial e prato cheio.
Ampliação da rede
Em março, o BRB tinha um total de 667 mil clientes ativos, crescimento de 4,4% em relação ao trimestre anterior.
Os clientes pessoa física (PF) representam um total 638 mil, crescimento de 4,4% no trimestre. Os clientes pessoa jurídica (PJ) somam 27 mil, incremento de 11,5% na comparação com o quarto trimestre de 2019.
O BRB conta com 134 agências distribuídas em todas as regiões do Distrito Federal e entorno, além de presença nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins.
(JBr)