No domingo, presidente dos EUA ameaçou taxar aço e alumínio que chegam aos EUA – Brasil é grande exportador de ambos. Lula já disse que adotará reciprocidade em caso de taxação.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (10) que o governo vai esperar “decisões concretas” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de anunciar qualquer resposta a um eventual aumento de tarifas.
- 📈Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para Estados Unidos, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás do Canadá.
- 📈Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.
“O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então o governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação”, afirmou Haddad.
Questionado sobre uma eventual retaliação com a taxação das big techs –em sua maioria, empresas americanas—, Haddad disse que vai aguardar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois das “medidas efetivamente implementadas”.
No fim de janeiro, o presidente Lula havia adiantado que, se o governo dos EUA criasse ou elevasse qualquer tarifa sobre produtos brasileiros, haveria “reciprocidade” – ou seja, aumento da taxação o Brasil para importar produtos norte-americanos.
“É muito simples. Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade no Brasil. Se taxar os produtos brasileiros, vou taxar os produtos que são exportados pelos Estados Unidos. Simples, não tem nenhuma dificuldade”, diz Lula naquele momento.
Durante o primeiro mandato, Trump impôs tarifas de 25% sobre importação de aço e 10% sobre as de alumínio. À época, o Instituto Aço Brasil, que representa as siderúrgicas brasileiras, afirmou que a taxação levaria ao desligamento de fornos e demissões.
Mais tarde, entretanto, Trump revogou as tarifas dos produtos brasileiros e dos de outros parceiros comerciais como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
Por Lais Carregosa/g1*