Por meio de uma parceria firmada com um laboratório farmacêutico, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) passou a produzir álcool etílico 70% e álcool glicerinado – que substitui o produto em gel – para serem distribuídos em todos os batalhões. Para contribuir com o abastecimento do material necessário para assepsia e combate ao novo coronavírus no Sistema Penitenciário, a corporação produziu 200 litros dos dois tipos de álcool para as unidades prisionais.
“Estamos diante de uma crise e precisamos unir esforços e buscar soluções. Solicitei ao comandante-geral do CBMDF, que prontamente atendeu e se colocou à disposição para ajudar. A integração dos órgãos de Segurança se faz em todas as situações”, contou o secretário de Segurança Pública, delegado Anderson Torres.
Para a comandante do Centro de Comunicação Social da corporação, tenente-coronel Daniela Ferreira, contribuir com a Segurança Pública é primordial. “A dificuldade de encontrar álcool no mercado nos motivou a buscar outras alternativas e chegamos à nossa própria produção de álcool. Essa ação nos possibilita suprir a demanda interna do CBMDF e, ainda, colaborar com outros órgãos da SSP, que por ventura necessitem desses produtos”.
Início da produção
Com a escassez do álcool para assepsia de viaturas e uso dos militares, o comandante do 22º Grupamento Bombeiro Militar, tenente-coronel Rissel, que tem formação em química, passou a buscar alternativas e aplicar seu conhecimento na área.
Somente na última semana, 600 litros dos produtos foram encaminhados aos batalhões. “Foram várias tentativas, pensei em estratégias para chegar ao produto final, mas o produto que se mistura ao álcool para dar a viscosidade está em falta, o Carbopol. Passamos a produzir o álcool glicerinado, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para substituição do álcool em gel 70%”.
Antes de iniciar a produção, a equipe do CBMDF realizou uma visita técnica aos laboratórios da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que passou a realizar a análise química de nossos insumos.
A produção do álcool seria feita no laboratório de química do CBMDF, mas, por meio de uma parceria, um laboratório farmacêutico local também se uniu ao projeto e assumiu a etapa da produção do álcool para a corporação.
“Fornecemos todos os insumos ao laboratório. Por conta da situação pandêmica, a Anvisa liberou, em caráter excepcional, a produção de álcool por estes laboratórios. Centralizamos nossos esforços na logística, na distribuição e no controle do produto final”, disse o tenente-coronel.
O material será produzido de acordo com a demanda do CBMDF, enquanto durar a pandemia.
* Com informações do Corpo de Bombeiros e da SSP/DF e Agência Brasília