Metade das ambulâncias do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal está fora de operação. São vinte veículos de um total de 40 carros. Destes, seis estão quabrados e 14 estão em manutenção.
Segundo o Major Eduardo Luiz Gomes, do departamento de Comunicação da corporação, apesar de ter 40 ambulâncias, o DF precisa de 23 ambulâncias para prestar o atendimento, que é o número de unidades dos bombeiros. O restante é considerado “frota de reserva”.
“Na verdade o déficit é de três ambulâncias, mas isso se resolve rápido. Há 14 ambulâncias em manutenção, com problemas de pneu, freio, suspensão, que se resolve em cinco a dez dias. Nesta semana, cinco já voltam para o socorro. Só que outros quebram porque cada uma roda 600 quilômetros por dia”, afirma Gomes.
Segundo ele, o Corpo de Bombeiros vai receber mais 30 unidades até dezembro. “Já foram compradas, o contrato já foi assinado, e a empresa tem até o fim do ano para entregar”, diz.
Gomes afirma que a corporação recebe uma média de um chamado por batalhão a cada meia hora, totalizando 48 por dia. Nas unidades de Taguatinga e Ceilândia, o número de atendimentos chega a 72 por dia (um chamado a cada 20 minutos).
O relatório trimestral da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal aponta que um em cada seis bombeiros que atuam na capital trabalha fora dos batalhões da corporação ou está afastado do serviço.
Segundo a publicação, o DF tem 6.323 bombeiros, sendo 1.050 homens lotados em outros órgãos ou fora de atividade. Desse total, 53 estão na Casa Militar do Governador, 12 na Casa Militar do Vice-Governador e 32 no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
O relatório também mostra que 2.091 homens trabalham nas unidades administrativas ou de apoio da corporação, o equivalente a um terço do efetivo total.
Segundo os bombeiros, entre os 1.050 homens apontados no documento da SSP como atuando em outros órgãos estão os militares que estão em cursos.
Com os 6.323 bombeiros, o DF tem uma média de 2,26 homens para cada grupo de 100 mil habitantes. Segundo o IBGE, a capital federal tem hoje uma população estimada de 2,7 milhões de pessoas.