domingo, 23/02/25
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Bolsonaro chega ao Brasil após passar três meses nos Estados Unidos

Ex-presidente viajou ao exterior no fim de dezembro, antes de terminar o mandato. Bolsonaro participou de evento fechado nesta quinta com familiares e aliados; em discurso, disse que atual governo não vai ‘fazer o que bem quer’.

Reprodução / g1*


O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30), após passar três meses nos Estados Unidos. 

O voo comercial chegou ao Aeroporto Internacional de Brasília por volta das 6h40. No saguão, alguns apoiadores esperavam o ex-presidente. 

Bolsonaro, no entanto, saiu por uma rota reservada e seguiu, em comboio escoltado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, para um evento fechado com familiares e aliados.

Na chegada ao prédio, Bolsonaro foi recebido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo ex-ministro Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022. 

O ex-presidente fez um aceno rápido a apoiadores na porta do edifício, e voltou para o evento sem dar declarações. 

Discurso

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) transmitiu parte de um discurso feito pelo ex-presidente durante o evento da sigla. “É com orgulho grande que retorno. Vou receber muita gente, conversar”, afirmou. 

Com relação à viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro disse que “o Estado norte-americano é o Estado brasileiro que deu certo”. 

“Estava no Estado republicano. É um sonho nosso seguir esse Estado norte americano, em muitas coisas de bom que tem lá. Lá é o Estado brasileiro que deu certo. Tudo lá é o queremos implantar aqui também: liberdade de expressão, propriedade privada, legítimo direito à defesa. Liberdade para poder trabalhar.” 

O ex-presidente também disse que os integrantes do atual governo “não vão fazer o que bem querem com o futuro da nossa nação”. 

“Eu lembro lá atrás, quem é mais velho lembra disso, quando alguém criticava o Parlamento, Ulysses Guimarães dizia: ‘Espera o próximo’. Desta vez, o próximo melhorou e muito. O Parlamento está nos orgulhando pelas medidas, pela forma de se comportar, de agir lá dentro, fazendo realmente o que tem que ser feito e mostrando para esse pessoal que, por ora, por pouco tempo, está no poder, eles não vão fazer o que bem querem com o futuro da nossa nação.”

Viagem aos EUA

Bolsonaro viajou para Orlando, na Flórida, no fim do ano passado – a dois dias de terminar o seu mandato. Por três meses, ficou hospedado na casa de um amigo em um condomínio de luxo na cidade e fez poucas aparições públicas. 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mulher de Jair, viajou para Orlando algumas vezes ao longo do período e compartilhou detalhes das viagens em redes sociais. 

Durante o período nos EUA, Bolsonaro esteve acompanhado de assessores presidenciais pagos com dinheiro público. Esse tipo de assessoramento é garantido por lei a ex-presidentes, mesmo que eles estejam fora do país. 

Bolsonaro nunca justificou oficialmente a viagem aos EUA, feita em voo da Força Aérea Brasileira quando ele ainda era presidente. 

Ex-presidente Jair Bolsonaro com presidente do PL, Valdemar Costa Neto, senador Flávio Bolsonaro e apoiadores em garagem de prédio comercial em Brasília — Foto: PL/Reprodução
Ex-presidente Jair Bolsonaro com presidente do PL, Valdemar Costa Neto, senador Flávio Bolsonaro e apoiadores em garagem de prédio comercial em Brasília — Foto: PL/Reprodução 

Futuro político

De volta ao Brasil, Bolsonaro deve aceitar o convite de Valdemar Costa Neto e se tornar presidente de honra do PL – partido ao qual se filiou há pouco mais de um ano para disputar a reeleição em 2022. 

Ainda segundo o PL, Bolsonaro receberá a remuneração igual a de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O salário de um ministro do STF é o teto do funcionalismo público e, a partir de 1º de abril deste ano, será de R$ 41.650,92. 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também assumiu um cargo no partido neste mês: o de presidente do PL Mulher. Trata-se do órgão da legenda voltado para a promoção das mulheres nas atividades política e partidária. 

O PL e Bolsonaro ainda não divulgaram se, na nova função, o ex-presidente terá agendas públicas com apoiadores. (Por g1 — Brasília)

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