Miguel Lucena
Enquanto muitos reclamavam da desatenção dos cônjuges, a moça da Câmara Federal entrava em desespero com o apetite sexual do marido. Começava às 6h30, no café da manhã. Às 10h30, já ligava querendo saber se ela chegaria às 12h para o almoço. Às 18h30, jantava. Às 22h30, na hora de dormir, achegava-se de novo.
Ela pensou em registrar ocorrência, mas a conduta do marido não se amoldava a nenhum tipo penal.
Perdi o contato com ela. Anos depois, encontrei-a em um shopping de Brasília.
-Tudo bem? Continua casada?
– Continuo. Fizemos bodas de cristal.
Há coisas que não se estragam, mesmo.