Recomendações como guardar imagem da oferta, comprar em sites confiáveis e desconfiar de preços muito abaixo da média ajudam. Entenda como identificar promoções genuínas e aproveitar descontos.
Um celular novo, livros, um aparelho de TV, ou uma renovada no guarda roupa fazem parte das compras que parte da população pretende fazer neste mês de novembro com a Black Friday. Marcada para a última sexta-feira do mês (25), a tradicional “queima de estoque” oferece descontos que chamam a atenção do consumidor mas que, por outro lado, pode trazer dor de cabeça.
De acordo com o Procon do Distrito Federal, alguns estabelecimentos usam a data para anunciar falsos descontos, vender produtos com defeito ou ainda atrasar ou não realizar a entrega das compras. Veja abaixo as dicas para aproveitar a data que se consolidou nos Estados Unidos ,na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, como o início das vendas de Natal.
Orientações gerais
Qualquer pessoa que se sinta lesada ou que tiver problemas nas compras durante a Black Friday – por descumprimento da oferta anunciada, publicidade enganosa, atrasos na entrega e outras irregularidades – deve registrar queixa em um dos postos de atendimento do Procon, ou pelo e-mail 151@procon.df.gov.br.
Além disso, o órgão adverte que é preciso cuidado com a chamada “oportunidade única“. Muitas vezes, depois das festas de fim de ano ainda há promoções que podem valer a pena.
“O importante é se planejar na hora da compra, evitando agir por impulso e gastar mais do que pode. Com dinheiro em mãos, vale pechinchar descontos ainda maiores para pagamento à vista. Para não se endividar, a dica é fazer uma lista de produtos e estabelecer prioridades”, alerta o Procon
Falsas promoções
Segundo o Procon, uma das táticas mais comuns de empresas é que elas subam o valor de produtos na véspera da Black Friday para depois baixar o preço, simulando desconto. Isso configura publicidade enganosa, prática proibida por lei, que prevê até penalizações ao estabelecimento.
“Guarde o folheto ou a imagem da tela do computador com a demonstração do produto, valor e também com informações sobre o link, nome da loja, data e hora em que foi feita a pesquisa. Dessa forma, é possível verificar se a oferta realmente foi cumprida”, diz o Procon.
Confirmação e entrega
Outros problemas comuns relatados em época da Black Friday são as situações em que o consumidor finaliza uma compra online e depois o pedido é cancelado. Ou quando o lojista anuncia um produto com preço baixo e, depois que o consumidor inclui o item no carrinho de compras, o valor é fica maior.
Segundo o Procon, a dica para essas situações é a mesma: guardar anúncios e e-mails e salvar as telas com as ofertas e confirmações das transações. A lei prevê prazo de sete dias corridos para o consumidor desistir de uma compra a distância. Esse tempo começa a correr após o recebimento do produto ou do serviço.
Devolução e garantia
Itens comprados em liquidação, bem como peças de mostruário, têm os mesmos prazos de garantia previstos em lei. É possível reclamar, em até 30 dias, de problemas aparentes em produtos não duráveis. Para itens duráveis, o prazo é estendido para 90 dias, contados a partir da verificação do dano.
De acordo com o Procon, há casos em que os produtos estão em promoção justamente por apresentarem pequenos defeitos.
“Nessas situações, as avarias devem ser mostradas ao consumidor e justificadas como motivos para a aplicação do desconto. O consumidor deve ter total ciência do estado do item antes da compra”, explica o Procon.
Quando o consumidor pede a devolução do valor, a quantia a ser devolvida é o total pago, incluindo o frete, “visto que o lojista é o responsável pela escolha e contratação do transportador”, diz o órgão de defesa do consumidor.
“O prazo de entrega e a integridade do produto é de responsabilidade da loja e deve ser cumprido.”
Mais dicas do Procon
- Desconfie de preços muito abaixo da média, pois podem ser indícios de fraude
- Tenha cuidado com ofertas tentadoras enviadas por e-mail e SMS ou anunciadas nas redes sociais, especialmente se vierem de lojas desconhecidas
- Para se certificar que está fazendo uma compra segura, nunca utilize computadores de acesso público. Verifique a segurança da página, clicando em um cadeado que aparece no canto da barra de endereço ou no rodapé da tela do computador. O endereço da loja virtual deve começar com https://
- Ao efetuar as compras, prefira pagar com cartão de crédito. Muita atenção com sites que só aceitam receber por boleto ou transferência bancária, pois, se houver algum problema com a compra, será mais difícil conseguir ressarcimento junto ao banco
- Nunca informe dados do cartão de crédito pelas redes sociais. Desconfie de lojista que solicita essas informações
- Todo site deve exibir o CNPJ da empresa ou o CPF da pessoa responsável, além de informar o endereço físico ou o endereço eletrônico em que a loja possa ser encontrada. A página também é obrigada a disponibilizar um canal para atendimento ao consumidor, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC)
- Prefira comprar de lojas conhecidas ou indicadas por amigos e familiares. Pesquise a reputação em sites que avaliam lojas virtuais. Os comentários de consumidores nas redes sociais podem servir de suporte nesse caso