“A guerra do Putin está falhando. Ele quis destruir a Ucrânia, mas a Ucrânia é livre”, afirmou Biden em assembleia geral da ONU em Nova York
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Nova York – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez o que chamou de último discurso na sessão de debates da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (24/9).
No pronunciamento, o presidente norte-americano afirmou que os EUA vão manter o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia: “Não podemos ignorar, e não vamos aliviar o apoio até que a Ucrânia ganhe e tenha paz durável”.
“O mundo tem outra escolha agora: vamos sustentar o apoio para a Ucrânia ganhar a guerra ou deixar que a agressão seja renovada e a nação destruída?”, questionou no evento em Nova York, nos EUA.
Biden ainda criticou Vladimir Putin, presidente russo: “A guerra do Putin está falhando. Ele quis destruir a Ucrânia, mas a Ucrânia é livre. Ele quis destruir a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], mas a Otan está mais forte com Finlândia e Suécia”.
Corrida eleitoral
Em julho, Biden anunciou que não mais se candidataria à reeleição presidencial nos Estados Unidos. O partido democrata, então, passou a endossar a vice-presidente Kamala Harris para o posto.
Ao iniciar o discurso nesta manhã, o presidente ressaltou ser sua “última vez” falando na ONU. “Vi muita história. Fui eleito senador em 1972, sei que pareço ter apenas 40 anos. Eu tinha 29 anos. À época, vivíamos uma inflexão, um momento de tensão; o mundo estava dividido pela Guerra Fria”, lembrou.
Ele chamou a desistência da corrida presidencial de “uma decisão muito difícil”: “Ser presidente é a honra da minha vida. Tem tanto que ainda quero fazer. Por mais que ame o trabalho, amo mais meu país”.
“Decidi que, após 50 anos de serviço público, é a hora de uma nova geração. Tem coisas mais importantes do que ficar no poder, é o seu povo que mais importa”, afirmou.
Em citação à democracia pelo mundo, Biden chamou a atenção para a Venezuela. “Homens e mulheres corajosos lutam hoje por liberdade e justiça. Vimos isso na Venezuela, onde milhões votaram pela mudança, mas não foram reconhecidos. O mundo sabe a verdade”, destacou. (Metrópoles)