O Brasil superou na tarde deste sábado (8.ago.2020) a marca de 100 mil mortos pela covid-19.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, decretou luto oficial de 3 dias.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinaram luto por 4 dias no Congresso.
“Somos uma nação enlutada, que sofre pela perda de familiares, amigos e pessoas do nosso convívio social. Jamais vivemos uma tragédia dessa dimensão em nosso país. São 100 mil pessoas que tinham um nome, uma profissão, projetos e sonhos. 100 mil vidas que certamente deixaram sua marca no mundo e na vida de outras pessoas. São filhas e filhos que não mais estarão com seus pais no dia especial de amanhã. São pais que não terão o que festejar neste domingo”, afirmou Toffoli.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, disse à Folha de S.Paulo que a postura do presidente Jair Bolsonaro contribuiu para o país atingir o número. Ele foi demitido do cargo após divergências com o presidente.
“Houve uma série de fatores, mas o fator presidente foi preponderante. Ele deu argumento para as pessoas não ficarem em casa. Ele deu esse exemplo e serviu de passaporte para as pessoas aderirem politicamente a essa ideia […] foi uma somatória de fatores, mas principalmente liderados pela posição do governo, que trocou dois ministros e botou um terceiro que fez uma ocupação militar sem técnicos na Saúde”, disse.
“Hoje (8/08/2020) é um dos dias mais tristes da nossa história recente. O Brasil registra 100 mil vidas perdidas para a covid-19. O Congresso Nacional decreta luto oficial de 4 dias em solidariedade a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia”, declarou Alcolumbre por meio de seu perfil no Twitter.
“Chegamos hoje à absurda marca de 100 mil mortos pela Covid-19. Número que, infelizmente, já havia sido previsto lá atrás, ainda na gestão do ex-ministro Mandetta. Estamos convivendo diariamente com a pandemia, mas não podemos ficar anestesiados e tratar com naturalidade esses números. Cada vida é única e importa. Em nome da Câmara dos Deputados, presto mais uma vez solidariedade aos familiares e amigos das vítimas desta grande tragédia”, escreveu Rodrigo Maia também em sua conta no Twitter.
O médico ortopedista e ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta, que foi ministro da Saúde de Jair Bolsonaro até abril de 2020 é filiado ao DEM e tem seu nome considerado na legenda para disputar a Presidência da República em 2022.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que deixou o cargo em abril, se manifestou em seu perfil no Twitter.
Não podemos nos conformar, nem apenas dizer #CemMilEdaí. São mais de 100 mil mortos; 100 mil famílias que perderam entes para a Covid. Que a ciência nos aponte caminhos e que a fé nos dê esperança.
— Sergio Moro (@SF_Moro) August 8, 2020
Além do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, governadores e deputados lamentaram as 100 mil mortes nas redes sociais. Leia:
Chegamos hoje à absurda marca de 100 mil mortos pela Covid-19. Número que, infelizmente, já havia sido previsto lá atrás, ainda na gestão do ex-ministro Mandetta.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) August 8, 2020
Hoje (8/08/2020) é um dos dias mais tristes da nossa história recente. O Brasil registra 100 mil vidas perdidas para a covid-19. O Congresso Nacional decreta luto oficial de 4 dias em solidariedade a todos os brasileiros afetados pela pandemia e às vítimas desta tragédia.
— Davi Alcolumbre (@davialcolumbre) August 8, 2020
Atingimos a marca de 100 mil brasileiros e brasileiras vítimas fatais do #coronavírus. São milhares de famílias despedaçadas. Meus sentimentos a todas estas pessoas que perderam seus parentes e amigos nesta guerra contra a pandemia.
— Rui Costa (@costa_rui) August 8, 2020
Quem disse que poucos morreriam ? Quem gerou aglomerações em passeios irresponsáveis ? Quem sabotou uso de máscaras ? Quem debochou das mortes, alegando não ser coveiro ? Quem divulgou remédios “milagrosos”, sem ser médico ? São as perguntas do Tribunal da História para Bolsonaro
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 8, 2020
Em nota, a bancada do Psol na Câmara declarou: “Não é nenhuma novidade que esta é a pior pandemia que a nossa geração já enfrentou, mas o problema é que Jair Bolsonaro decidiu combater a ciência e não o vírus.” https://t.co/5OpvY3mqBG pic.twitter.com/JhvDgm1rV9
— Brasil de Fato (@brasildefato) August 8, 2020
O Brasil não precisava passar pela dor de ter 100 mil mortos pela covid-19. Enquanto o povo lamenta por essas vidas perdidas, temos um presidente que faz da morte a sua bandeira. Bolsonaro facilitou, com palavras e atos, a proliferação do coronavírus no país. #Bolsonaro100Mil
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) August 8, 2020
Os deputados Carla Zambelli (PSL-SP) e Carlos Jordy (PSL-RJ), aliados de Bolsonaro, criticaram a forma que a repercussão se deu nas redes sociais.
No mesmo dia que a esquerda parece comemorar 100 mil mortes por Covid-19, o Brasil já soma 2 milhões de curados.
Mas esse segundo dado você não verá na imprensa e nos perfis dos que usam mortes para fazer política.
— Carla Zambelli (@Zambelli2210) August 8, 2020
A esquerda levantando tag culpando o Presidente pelas 100 mil mortes. Canalhas! O Brasil todo fez lockdown, com aval do STF, que determinou q cabia a governadores e prefeitos flexibilizar ou não a quarentena. Quebraram a economia sem conseguir salvar vidas.#BolsonaroTemRazao
— Carlos Jordy (@carlosjordy) August 8, 2020