A China parece ter construÃdo modelos em escala real de navios de guerra dos Estados Unidos em um deserto na região de Xinjiang, noroeste do paÃs, segundo imagens de satélite.
Uma das imagens, capturada pela empresa de tecnologia espacial norte-americana Maxar, mostra uma estrutura em forma de porta-aviões militar colocada em trilhos de trem.
O USNI News, um site especializado na Marinha dos EUA, disse que as estruturas pareciam ser alvos construÃdos pelos militares chineses.
Pequim vem desenvolvendo e testando mÃsseis balÃsticos antinavio há anos.
Os EUA alertaram que nos últimos meses a China tem expandido rapidamente suas forças armadas, incluindo suas capacidades nucleares, à medida que a tensão aumenta no Mar do Sul da China.
No domingo (7/11), o USNI News disse que as estruturas fotografadas no deserto de Taklamakan pareciam incluir contornos de embarcações militares dos EUA sem armas.
Segundo a agência, as imagens mostram modelos de um porta-aviões e pelo menos dois destróieres da Marinha americana.
O site diz que a construção de tais estruturas “mostra que a China continua a se concentrar nas capacidades antiporta-aviões, com ênfase nos navios de guerra da Marinha dos EUA”.
No inÃcio deste ano, a China foi considerada suspeita de realizar um teste de mÃssil hipersônico com capacidade nuclear — mÃsseis que podem voar na atmosfera com velocidade superior a mais de cinco vezes a do som — o que gerou preocupação em Washington.
Posteriormente, Pequim negou as acusações e disse que se tratava de uma verificação de rotina.
A Marinha dos EUA costuma realizar o que descreve como missões de rotina com navios militares no Mar do Sul da China, uma das regiões mais disputadas do mundo. A China reivindica a maior parte da região, mas os paÃses vizinhos e os EUA discordam.
A área faz parte de uma importante rota de navegação usada para transportar mais de US$ 3 trilhões (R$ 17 trilhões) em comércio anualmente.
Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietnã vêm confrontado a China sobre sua reivindicação de todo o mar por décadas, mas a tensão aumentou gradativamente nos últimos anos.
Por BBC BRASIL