A Avenida 9 de Julho, uma das principais de Buenos Aires, quase sem trânsito no dia 1 de julho — Foto: AP Photo/Victor R. Caivano
A Argentina registrou nesta segunda-feira (6) 75 falecidos pelo novo coronavírus, a maior cifra de mortos em um dia desde o início da pandemia que totaliza 1.582 vítimas fatais de um total de 80.434 casos no país, segundo autoridades.
O epicentro dos casos é a capital argentina e sua populosa periferia, a região metropolitana de Buenos Aires (AMBA), onde vivem 14 milhões dos 44 milhões de habitantes do país.
Esta região, onde se concentram mais de 90% dos casos de Covid-19, está em estrita quarentena disposta pelo governo desde 1º de julho até 17 de julho como ferramenta para frear os contágios.
O último boletim epidemiológico informou que 676 pessoas permanecem internadas em unidades de terapia intensiva, 26% a mais que há uma semana.
O percentual de ocupação em UTIs para adultos aumentou até se situar em 51,6% na capital argentina e 58,8% em sua periferia, um dado que é seguido de perto pelas autoridades.
O governo do presidente Alberto Fernández impôs restrições às atividades em 20 de março passado, mas desde então a maioria das províncias flexibilizou o isolamento social, com idas e vindas, segundo a evolução dos contágios.
O Executivo tem reiterado que decretar uma quarentena precoce “permitiu salvar vidas” porque achatou a curva de contágios e deu tempo para reforçar a infraestrutura sanitária.
A crise econômica resultante da paralisação de atividades tem sido em parte compensada por uma bateria de medidas de ajuda social, pagamento de salários a particulares, créditos a juros baixos e suspensão de impostos, entre outros.
No entanto, a crescente necessidade econômica levou muitos a violar restrições enquanto as autoridades dobraram os controles, sobretudo no transporte público.
A pandemia atinge uma economia argentina em recessão desde 2018 e com um terço de sua população na pobreza.
(G1)*