Arnaldo Niskier
Da Academia Brasileira de Letras
Continuam a surgir teses e mais teses sobre o valor da aprendizagem. E agora, com essa incrível inovação que é a inteligência artificial. Com Humberto Casagrande, que é o superintendente do CIEE/SP, acompanho a operacionalização da Lei do Aprendiz no Congresso Nacional. Será a melhor forma dos jovens abaixo de 18 anos conquistarem o seu primeiro emprego.
A aprendizagem vai proporcionar a 600 mil jovens uma bela oportunidade de conseguir emprego. O jovem vai levar à empresa novos hábitos e só isso já é bastante positivo. Não é verdade que só 10% dos aprendizes são efetivados (não há dados concretos sobre isso). E eles vão trabalhar contando, sim, com uma chefia experiente. Sua jornada inclui um dia de formação na entidade capacita e dora e outros quatro de trabalho dentro da empresa, com supervisão similar à de qualquer colaborador.
Pelos dados do IBGE, há 33,6 milhões de pessoas de 14 a 24 anos no país. Apenas 14,5 milhões estão ocupados. O que é pior, 5,3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos não estudam nem trabalham – é a geração nem-nem. Isso contribui para a evasão escolar, o desemprego e uma lamentável adesão à criminalidade.
Segundo Casagrande, “a aprendizagem, ao combinar aprendizado prático e educação formal, ajuda na preparação da próxima geração de profissionais de maneira inclusiva.” As empresas que contratam aprendizes recebem apoio de entidades como o CIEE, que conta com 16 cursos e 135 polos de capacitação, atendendo mais de 80 mil jovens.
Esse saudável movimento é uma realidade, em todo o país, por isso merece todo apoio. Quando se tem em vista que o nosso mercado de trabalho merece um amplo movimento de aperfeiçoamento, como preconiza o mestre Humberto Casagrande, que é especialista em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Devemos acompanhar solidariamente esses esforços de valorização do que entendemos por Aprendizagem.