Francisco foi levado para a enorme esplanada, sentado na parte de trás de um veículo aberto enquanto passava pela multidão
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Um dia após ter alta de um hospital em Roma, na Itália, o papa Francisco celebrou a missa do Domingo de Ramos na Praça São Pedro, neste domingo (2/4). A cerimônia marca o início da Semana Santa para os católicos.
Ele foi levado para a enorme esplanada, sentado na parte de trás de um veículo aberto enquanto passava pela multidão, antes de descer e iniciar a cerimônia de sua posição sob um antigo obelisco egípcio.
Francisco, de 86 anos ficou internado por três dias depois de ser diagnosticado com bronquite infecciosa. Ao ter alta nesse sábado (1º/4), brincou: “Ainda estou vivo”.
A notícia foi confirmada pelo Vaticano:
Na saída do hospital, o papa abraçou e confortou um casal que acabara de perdeu a filha.
Já na sexta (31/3), o papa Francisco demonstrou que havia se recuperado bem do tratamento contra a infecção. Ele jantou pizza e visitou as crianças da ala de Oncologia Pediátrica do Hospital Gemelli, em Roma, na Itália.
O pontífice levou terços, ovos de chocolate e livros para as crianças. Ele também batizou o pequeno Miguel Angel, de apenas algumas semanas de vida.
10 anos de pontificado
Francisco completa neste ano 10 anos de pontificado. Em 13 de março de 2013, o cardeal de Buenos Aires Jorge Bergoglio deixava de ser conhecido pelo nome de batismo para ser chamado de Francisco, primeiro papa das Américas e o “papa do fim do mundo”, como ele mesmo se denominou.
Ele assumiu o comando do Vaticano após a renúncia de Bento XVI e chamou a atenção com sua postura de humildade e discursos sempre voltados para os menos protegidos.
Durante o seu pontificado, Francisco precisou enfrentar os escândalos de abusos sexuais de menores de idade por religiosos e aboliu o “sigilo pontifício”, utilizado por autoridades eclesiásticas para não comunicar tais atos.
Nos últimos meses, o papa deu a entender, em alguns momentos, que poderia renunciar ao cargo. Ele, porém, segue liderando a Igreja Católica e já designou 65% dos nomes que definirão o próximo pontífice.
O papa tem bom relacionamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Antes de ser internado na última semana, em entrevista a uma TV argentina, Francisco declarou que o presidente Lula foi condenado sem provas e disse que o impeachment da ex-chefe do Executivo, Dilma Rousseff, foi injusto. (Com o Metrópoles)