terça-feira, 14/10/25

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Após fim das negociações de fusão com a Azul, Gol propõe reorganização societária e pode fechar capital no Brasil

Reorganização proposta pela companhia pode levar à saída da Gol da bolsa e à unificação das empresas do grupo sob uma estrutura fechada, como parte de um plano para reduzir custos e simplificar operações.

Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo

 

 

A companhia aérea Gol anunciou que vai propor uma mudança na estrutura do grupo, que pode levar ao fechamento de seu capital — ou seja, à saída da empresa da bolsa de valores.

A proposta será votada pelos acionistas em 4 de novembro, segundo um comunicado divulgado na noite desta segunda-feira (13).

Na prática, o plano é juntar as empresas do grupo em uma só. A Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que é a companhia responsável pelos voos, e a Gol Investment Brasil, principal acionista da companhia aérea, seriam incorporadas pela Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA) — uma empresa fechada, que não tem ações negociadas na bolsa.

De acordo com a Gol, essa reorganização tem como objetivo “buscar sinergias e reduzir custos”, ou seja, simplificar a estrutura e gastar menos.

Para que a operação aconteça, será feita uma oferta pública de aquisição (OPA), um tipo de compra das ações que ainda estão no mercado.

Essa operação, segundo a empresa, não poderá passar de R$ 47,25 milhões. Um comitê com conselheiros independentes será criado para acompanhar e negociar os termos dessa mudança.

Atualmente, a Gol é controlada pelo grupo Abra, que também é dono da companhia aérea colombiana Avianca. Depois que a Gol passou por um processo de recuperação judicial, conluído em junho deste ano, a Abra aumentou sua fatia na Gol de pouco mais de 50% para cerca de 80%.

“Após a assinatura do Memorando de Entendimentos de 15 de janeiro de 2025, a Abra tem se colocado à disposição para continuar avançando nas discussões rumo a uma combinação de negócios. No entanto, as partes não tiveram discussões significativas”, disse a nota.

Além disso, o grupo também mencionou as mudanças no cenário desde a assinatura do memorando de entendimento (MoU) e o pré-arquivamento junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ocorreram em outro momento das empresas, que não é mais o mesmo.

Ainda em nota, a Abra afirmou que, mesmo com as discussões correndo em paralelo ao Chapter 11 (processo de recuperação judicial dos Estados Unidos) da Azul, não houve grandes negociações.

Em entrevista ao g1 em janeiro deste ano, o CEO da Azul, John Rodgerson, disse ver no acordo com a Gol uma saída de fortalecimento e crescimento para superar “entraves” do mercado brasileiro.

Segundo ele, a junção as duas companhias culminaria na criação de um player relevante no mercado para conseguir melhores negociações contra gigantes do setor, e também para ampliar o leque de atuação no país.

 

 

 

 

 

 

 

 

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