Cerimônia marca a primeira vez que os ministros entram no local desde os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro
Hugo Barreto/Metrópoles
O Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomam os julgamentos em plenário presencial nesta quarta-feira (1º/2). A cerimônia de abertura do Ano Judiciário acontece no Supremo, e marca a primeira vez que os ministros entram no local desde os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, nas sedes dos Três Poderes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que optou por comparecer à cerimônia ao invés da posse dos deputados na Câmara, que acontece no mesmo horário, chegou por volta de 9h50, acompanhado da primeira-dama do país, Janja. Pouco antes, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) chegou ao local.
Ao abrir os discursos, a presidente do STF, ministra Rosa Weber, afirmou que “sem um poder Judiciário independente, não há democracia”. Em referência aos atos terroristas de 8 de janeiro, a magistrada criticou a “turma insana movida pelo ódio”.
“As instalações físicas podem ser destruídas, mas sobre elas se mantém a instituição Judiciário. Não sabiam os agressores que o prédio [do STF], na leveza de suas linhas, e na transparência de seus vidros, é absolutamente intangível à ignorância da força bruta”, declarou.
Também estão presentes os ministros da Corte Roberto Barroso e Alexandre de Moraes; o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; o procurador-geral da República, Augusto Aras; e a atual governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).
No início da cerimônia, os presentes assistiram ao vídeo do dia dos ataques no interior do Supremo. Nas imagens, foi possível ver a destruição deixada pelos vândalos, como cadeiras, mesas e diversos objetos danificados. Após a gravação institucional, os ministros foram aplaudidos de pé.