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Os hospitais privados do DF destinaram, nesta quinta-feira (9/7), à Secretaria de Saúde do DF, 35 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A medida faz parte de um acordo entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e os gestores da rede particular. Na noite dessa quarta (8/7), o GDF anunciou que requisitaria 65 leitos das unidades privadas, mas, ainda na tarde desta quinta, revogou a decisão por meio de novo decreto.
O Sindicato Brasiliense de Hospitais (SBH) se pronunciou de maneira favorável à última decisão do chefe do Executivo local. Em nota, a entidade afirmou que as regras definidas no decreto sobrecarregariam os hospitais e promoveriam drásticas mudanças na rotina de trabalho.
Segundo o SBH, a cessão de UTIs ocorreria “sem qualquer planejamento ou controle” e teria impacto direto na gestão das unidades no combate à pandemia da Covid-19.
Ainda no texto, o sindicato argumenta que os hospitais estão em constante diálogo com o GDF para auxiliar no combate ao vírus. “O setor acaba de destinar à Secretaria de Saúde do DF mais 35 leitos de UTI para o enfrentamento de Covid-19”, afirma em nota.
Segundo o sindicato, há 464 leitos operacionais em toda rede particular e, desde o início da pandemia, 218 foram cedidos ao GDF. Assim, de acordo com a entidade, 55% do total das UTIs privadas, atualmente, são ocupadas por pacientes da rede pública.
Veja a nota do Sindicato:
Decreto revogado
Nesta quinta, Ibaneis revogou o decreto publicado na noite de quarta. A decisão foi tomada após reunião com representantes dos hospitais particulares.
Em reunião para tentar reverter a situação imposta pelo governo, os representantes dos hospitais privados assumiram o compromisso de cooperar mais com o GDF, sem a necessidade de intervenção.
O decreto anterior previa, inclusive, uso de força policial para evitar que proprietários de instituições privadas impedissem, de alguma forma, que a determinação seja cumprida.
Ao todo, oito hospitais privados precisariam disponibilizar 65 novos leitos. Eram eles: cinco leitos do Hospital Santa Marta; cinco do Hospital Santa Luzia; cinco do Hospital Santa Helena; cinco do Albert Sabin; cinco do Hospital Brasília; cinco do Anchieta; cinco do Hospital Águas Claras; e 30 leitos de UTI do Instituto do Coração.
Representantes de hospitais privados foram pegos de surpresa com a publicação do decreto, já que estava em curso uma negociação entre as partes, conforme mostrou a coluna Grande Angular nessa quarta-feira (8/7).