domingo, 23/02/25
HomeBrasilAlvo da PF, José Serra diz que operação é “espetacularização” e “abusiva”

Alvo da PF, José Serra diz que operação é “espetacularização” e “abusiva”

 

Suspeito de participação em esquema de caixa dois na campanha ao Senado Federal em 2014, o senador José Serra (PSDB-SP) se disse “surpreendido” pela operação desta terça-feira (21/7). A Polícia Federal (PF) realizou buscas em endereços ligados ao político.

Serra considerou a ação “abusiva”. “Esta manhã, com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa”, informou, em nota.

A PF, em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), realizou a Operação Paralelo 23, a terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral, e cumpriu 4 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão.

José Serra lamentou o que chamou de “espetacularização” do caso. “[O senador] jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral”, frisa o texto.

Serra disse que “mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra”.

Entenda o caso

O inquérito policial aponta para um grupo contratado em 2014 com o objetivo de “estruturar e operacionalizar pagamentos de doações eleitorais não contabilizadas”. O dinheiro teria sido pago por uma empresa que comercializa planos de saúde. De acordo com a PF, José Serra teria recebido R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas.

Na primeira fase da operação, em abril deste ano, o MP de São Paulo denunciou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, o empresário Marcelo Odebrecht e o publicitário Duda Mendonça pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de caixa dois em montante superior a R$ 5 milhões.

De acordo com o MPSP, o inquérito da PF mostrou que, entre 21 de agosto e 30 de outubro de 2014, houve diversos pagamentos realizados em hotéis de São Paulo a representantes de “Kibe” e “Tabule”, codinomes usados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht para identificar Skaf como um dos beneficiários dos financiamentos irregulares de campanha.

VEJA TAMBÉM

Comentar

Please enter your comment!
Please enter your name here

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Este campo é necessário

VEJA TAMBÉM