Miguel Lucena
Projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais pretende proibir que nomes vinculados à escravidão sejam homenageados ou designem ruas e monumentos. A ideia seria original se não fosse, como vários modismos brasileiros, copiada dos Estados Unidos ou da Europa, além de transmitir a ilusão de que o escravagismo no Brasil tenha sido obra de alguns.
Muita gente que se diz nascida em berço de ouro se beneficiou da exploração da força de trabalho escrava. Os senhores e as senhores da alta sociedade não se mexiam nem para vestir a roupa e calçar os sapatos. Os pés-rapados que conseguiam algum dinheiro adquiriam um escravo ou uma escrava para se exibir ou investir. Até para vender doce os brancos usavam as pessoas escravizadas.
Alguns negros também tiveram e traficaram escravos. Era um sistema, que no Brasil durou 300 anos. Na Antiguidade, a escravidão branca durou mil anos.
Agora, aparece um pessoal moderno apontando que esse ou aquele foi escravista. Quem não foi?