sábado, 22/02/25
HomeDistrito Federal'A pandemia não chegou ao fim', diz secretária de Saúde após alta...

‘A pandemia não chegou ao fim’, diz secretária de Saúde após alta de contaminação no DF

Em entrevista ao g1, Lucilene Florêncio chama atenção para importância da vacinação e dos testes para diminuir contágio. Nesta segunda-feira (7), taxa de transmissão chegou a 1,23; índice é o maior desde junho.

Por Caroline Cintra, g1 DF

BQ.1: o que se sabe sobre variante da ômicron descoberta no Brasil — Foto: NIAD-NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS
BQ.1: o que se sabe sobre variante da ômicron descoberta no Brasil — Foto: NIAD-NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS

A taxa de transmissão da Covid-19 chegou a 1,23 nesta segunda-feira (7), no Distrito Federal, e atingiu o índice mais alto desde 27 de junho, quando esteve em 1,25. De acordo com a Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio,um dos motivos desse aumento é a baixa procura pelo reforço da vacina. 

“A pandemia não chegou ao fim”, diz a secretária de Saúde do DF.

Em entrevista ao g1, a secretária alerta para a importância da vacina para diminuir o contágio. Segundo Lucilene Florêncio, a nova subvariante da ômicron (BQ.1) ainda não circula em Brasília mas, segundo ela é preciso aumentar os cuidados para impedir que a doença avance. 

“Não temos aqui [a nova subvariante], porém precisamos entender todo esse fluxo e o trânsito de pessoas pela nossa localização geográfica”, diz a secretária. 

De acordo com o Ministério da Saúde, a nova cepa foi registrada no Rio de Janeiro (RJ). No entanto, as secretarias de Saúde do Rio Grande do Sul (RS) e do Espírito Santo (ES) confirmaram os primeiros casos nos estados.

Para Lucilene, a vacinação e a testagem rápida continuam sendo os principais métodos de combate à disseminação da Covid-19. Segundo a secretária, o Distrito Federal tem, em média, 280 mil testes — antígeno e rápido — disponíveis, “associado a isso, temos 164 Unidades Básica de Saúde (UBSs), 14 hospitais e 13UPAs (Unidades de Pronto Atendimento)”, aponta. 

“Tudo isso é de extrema importância mas, o mais importante é a população atualizar o status vacinal, completar o calendário vacinal”, diz a secretária. 

Baixa procura pela vacina e uso de máscara

Vacinação contra Covid-19 — Foto: Ernesto Carriço/ Nurphoto via Getty Images
Vacinação contra Covid-19 — Foto: Ernesto Carriço/ Nurphoto via Getty Images 

Dos mais de 3 milhões de habitantes do Distrito Federal, 89% tomaram a primeira dose e 84% a segunda dose, desde o início da campanha de vacinação em janeiro de 2021 até o último sábado (5). De acordo com a secretária Lucilene Forêncio, a busca pelos reforço (3ª e 4ª doses) foi diminuindo.

A baixa cobertura vacinal entre os adolescentes de 12 e 17 anos preocupa a Secretaria de Saúde. Segundo a secretária, 60 mil tomaram a primeira dose e muitos não buscaram o reforço. 

Além da vacina e da testagem, a orientação da secretária é o uso de máscara para idosos e pessoas com comorbidades, principalmente em ambientes fechados. 

Vacina para crianças e reforço para quem tem menos de 40 anos 

Frascos de doses de vacina contra Covid-19  — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia/Jucimar Sousa
Frascos de doses de vacina contra Covid-19 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia/Jucimar Sousa 

A vacinação contra Covid-19 está disponível no Distrito Federal a partir dos 3 anos de idade, mas os reforços não estão disponíveis para todas as idades. Veja quem pode ser vacinado em Brasília:

  • Vacinação infantil: de 3 a 11 anos
  • Primeira dose: maiores de 12 anos
  • Segunda dose: maiores de 12 anos
  • Dose de reforço: maiores de 12 anos
  • Quarta dose: acima de 40 anos

Na última semana, o Ministério da Saúde recebeu mais de 1 milhão de doses da Pfizer para a vacinação de crianças entre 6 meses e 3 anos, mas os imunizantes ainda não foram distribuídos para os estados e o Distrito Federal. A secretária conta que solicitou 3 mil doses de Pfizer Baby e 15 mil de CoronaVac para crianças de 3 e 4 anos

“Tenho recebido muitas perguntas sobre a quinta dose, mas a gente depende da orientação do Ministério da Saúde. Seguimos um programa nacional e qualquer aumento de oferta da nossa parte, dependemos de doses do ministério”, diz a secretária.

De acordo com ela, não é possível ter “ações independentes”. “Os estados precisam de amparo técnico e apoio do Ministério da Saúde”, explica. 

Sobre a incorporação do imunizante na rotina do calendário vacinal, a secretária diz que “é tudo muito novo”, e ainda não há como prever as ações em 2023. 

“Estamos descrevendo sobre Covid de 2 anos e meio para cá. É um vírus com comportamento imprevisível”, diz Lucilene Florêncio.

VEJA TAMBÉM

Comentar

Please enter your comment!
Please enter your name here

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Este campo é necessário

VEJA TAMBÉM