Hoje eles fazem a cabeça das pessoas. Correção: fazem os pés das pessoas. Os tênis são quase indispensáveis no mundo atual, sejam para prática de exercícios físicos, atividades esportivas, ou apenas como itens de um determinado estilo.
Mas, já parou para pensar qual a origem do calçado tênis?
Desde à Antiguidade os homens já inventavam formas de calçar os pés. Existem relatos históricos, segundo o site Mais Calçados, que nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, os atletas utilizavam sandálias feitas a partir de tiras de couro. Como estes obtiveram maior êxito do que os que os atletas descalços, logo a invenção se tornou popular. No século XVIII, as práticas esportivas no Reino Unido levaram ao desenvolvimento de um tipo de calçado de couro flexível.
Mas, o tênis tal qual é conhecido hoje teve início nos Estados Unidos em 1839, quando o fabricante de pneus Charles Goodyear descobriu o processo chamado de Vulcanização, um método que consiste na aplicação de calor e pressão a uma composição de borracha, garantindo a sua maior preservação. A borracha vulcanizada, que de início era utilizada para a melhora na qualidade de pneus, passou a ser usada na sola dos calçados, antes feitas de couro, tornando-os mais leves e flexíveis. A novidade foi adotada por várias indústrias de calçados, segundo o site da loja World Tennis. Em 1860 e 1870, surgem os cadarços e as sapatilhas para a prática de esportes.
Em 1917, nos EUA, surge um tênis que “poderia ser levado à máquina de lavar”: era o popular Keds, que se transformou em um ícone da modernidade norte-americana. No mesmo ano, é criado o primeiro All Star unissex de cano alto, utilizado inicialmente para a prática de basquete, tornando-se popular ao ser adotado pelo jogador Chuck Taylor, que passou a assinar a fabricação do tênis.
Em 1920, o alemão Adolph Dassler (um dos criadores da Adidas) produz o primeiro calçado de corrida do mundo, mais leve que os sapatos convencionais da época.
A partir dos anos 1950, os tênis se popularizaram entre a “juventude rebelde sem causa” simbolizada pelo ator James Dean, tornando-se não só necessário para a prática esportiva, mas também como um estilo de vida e de contestação aos padrões estéticos conservadores.
Ao longo das décadas, os tênis sofreram mudanças e ajustes para acompanhar principalmente as práticas esportivas e atender às necessidades dos atletas.
Nos anos 1960 a Puma e a Adidas introduziram no mercado os tênis de couro com formatos mais adaptáveis ao pé. Até os anos 1970, o tênis não era utilizado pela maioria das pessoas no dia a dia.
O tênis passa a ser um significado cultural maior a partir dos anos 1980, quando grupos de jovens de diversos estilos musicais passam a adotá-lo, em especial o All Star. Segundo o site da loja Rami Calçados, em 1980, graças à greve dos meios de transportes em Nova York, as americanas passaram a caminhar de tênis até o trabalho (o sapato alto era carregado dentro da bolsa). Era comum ver em clipes e filmes dessa década artistas exibindo grandes marcas (algumas inclusive assinadas por eles), o que disseminou o consumo por todo o mundo.
E hoje, o tênis é um dos calçados mais utilizados no mundo. Deixou de ter apenas a função de prática esportiva e tornou-se ícone da moda, do estilo de vida e até símbolo de status.
Segundo o posto do Portal do Empreendedor, publicado em março de 2010, Nike (proprietária da Converse), Reebok, Adidas e Puma são as marcas que dominam o mercado mundial de tênis. Todas possuem o faturamento mundial acima de US$ 1 bilhão por ano. No caso da Nike, líder mundial, seu faturamento já alcança quase US$ 15 bilhões.
Fonte: eduardohiga.commercesuite.com.br