terça-feira, 11/02/25
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A loira bêbada e a força do periquito

Ilustração/IA

 

Miguezim de Princesa

I
A loira havia bebido,
Com nobre parlamentar,
Champanhe francesa e uísque,
Mas não deu para coisar,
Porque deixaram o viagra
Guardado em outro lugar.

II
Também não teve dinheiro,
Pois o nobre deputado
Alegou que só pagava
Se houvesse resultado,
Aí a loira danou-se
E fez um cacete armado.

III

Quebrou o uísque blue,
Virou a penteadeira,
Deu um soco no decoro
Do deputado brocheira,
Pegou o carro e saiu
Sem curar a bebedeira.

IV

Já espumando de raiva,
Soprando o fogo do angu,
Jogou o seu carro Nivus
Na cerca do Jaburu,
Chega acordou Alckmin,
Que dormia com Dona Lu.

V

Logo a Polícia chegou,
Encostou o camburão,
A loira se aperreou:
“Eu não fico presa, não!
Chamem logo o assessor
Pra me tirar da prisão!”.

VI

Fiança de R$ 15 mil
Pra ela foi um trocado:
Assessor do assessor
Foi na DP apressado
E entregou à mãe da loira
Um envelope dobrado.

VII

Entregou ao escrivão
O envelope bonito,
Soltaram a loira na hora,
E ela soltou um grito:
“Sintam, funcionários públicos,
A força do periquito!”.

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