Até o momento, a ausência de nomes, mesmo por parte da oposição, beneficia a candidatura de Agnelo, na opinião do cientista político João Paulo Peixoto. “Quem é que poderia fazer frente?”, indaga. Para ele, especulações favorecem o atual governador. “Se não surgir um nome forte capaz de polarizar esses votos da oposição, a tendência é que a vitória seja do Agnelo por inércia”, avalia.
Os ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR) já acertaram parceria para as eleições. Eles buscam a unificação de interesses a fim de evitar a dispersão de concorrentes, o que enfraqueceria o grupo.
Quem também promete ir à disputa eleitoral é o senador Rodrigo Rollemberg (PSB). Ele garante não apenas ser o candidato que representará o Partido Socialista Brasileiro, como também afirma existir um grande entusiasmo da militância opositora. “Acho natural a decisão do PT. Até porque, se, a essa altura do campeonato, o partido mudasse o candidato, seria o reconhecimento do fracasso do governo Agnelo”, alfineta.
Ele conta que o PSB mantém conversas adiantadas com outros partidos, como o PSol e, principalmente com o PDT, legenda também ventilada pelo PT. A intenção é fortalecer o partido formando uma aliança com o deputado federal Antônio Reguffe. “Ainda está em negociação, mas temos tido conversas permanentes e sei que estaremos juntos na corrida eleitoral”, afirma Rollemberg.