Inflação do aluguel continua a apresentar maior alta desde outubro de 1994
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,64% em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28/10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em setembro, o índice teve uma queda de 0,64%.
O IGP-M é usado no reajuste dos contratos de aluguel e acumula uma alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. O índice teve um recuo em relação a setembro, quando o acumulado de 12 meses era de 24,86%.
Como comparação, em outubro de 2020, a alta no índice foi de 3,23% e acumulava 20,93% em 12 meses.
Assim, o IGP-M acumulado de outubro de 2020 a outubro de 2021 ainda é o maior para o mês desde 1994, quando o Plano Real foi implementado.
Segundo a FGV, o minério de ferro e o diesel foram os insumos que mais influenciaram no resultado do mês. “A queda menos intensa registrada no preço do minério de ferro (-21,74% para -8,47%) e o aumento do preço do Diesel (zero para 6,61%), que, nesse caso, ainda não levou em conta o reajuste anunciado no dia 25 de outubro, contribuíram para a aceleração da taxa do IGP-M”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Na segunda-feira (25/10), a Petrobras anunciou um aumento de 9,15% no preço do diesel e 7,04% no da gasolina.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) é o índice com maior influência sobre o IGP-M, com um peso de 60% na composição. O IPA subiu 0,53% em outubro, após queda de 1,21% em setembro. O principal responsável pelo aumento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,02% para 5,29% em outubro.
Já com um peso de 30% no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 1,05% neste mês, após uma alta de 1,19% em setembro. O principal responsável pela alta foi o grupo Habitação, que passou de 2,00% para 1,04%.
Por fim, o Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% na composição do IGP-M, subiu 0,8% em outubro, ante 0,56% em setembro.