A vítima, identificada como Meyrejane Brandão Dantas, 49 anos, teria sido baleada por engano, enquanto estava dentro do carro
Uma mulher de 49 anos foi baleada por policiais militares de Goiás em um posto de combustíveis do Jardim Ingá, em Luziânia (GO), na madrugada de quarta-feira (20/10). A vítima, identificada como Meyrejane Brandão Dantas, estava dentro do carro quando PMs a perseguiram em uma viatura descaracterizada.
Pouco antes, a polícia havia recebido a informação de que um carro com as mesmas características do veículo de Meyrejane estaria envolvido com roubos na região.
Ao estacionar o automóvel no posto, os policiais dispararam pelo menos sete vezes contra o veículo da mulher.
Um dos disparos perfurou a bexiga e o intestino de Meyrejane. Ela foi transferida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá e, posteriormente, ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), onde passou por cirurgia. O estado de saúde é estável.
Segundo informações da ocorrência, às 4h15 de quarta-feira, os militares receberam informações sobre diversos roubos ocorridos na região do Jardim Ingá. Conforme as características repassadas para a equipe, os policiais iniciaram diligências e localizaram o veículo da vítima, um Ônix branco com os vidros escuros, trafegando na via.
Ainda segundo o registro policial, os PMs realizaram cerco, fizeram sinais luminosos e sinalização sonora em uma viatura descaracterizada para que a vítima estacionasse o veículo. No entanto, a motorista teria aumentado a velocidade e acabou perseguida até o posto de combustível.
O texto da ocorrência informa que a vítima entrou o pátio do posto e, logo após, engatou a marcha à ré. Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que os militares descem de um carro descaracterizado e começam a atirar contra o veículo da vítima, que estava dirigindo. O carro ficou com as marcas dos tiros e foi apreendido para perícia.
Segundo testemunhas, a mulher teria ficado com medo da perseguição e voltou ao posto, onde teria levado o marido caminhoneiro para trabalhar. A vítima relatou que não conseguiu identificar que a abordagem era realizada por policiais e estava com medo de ser assaltada.
Após a ação, os militares disseram que o carro tinha as mesmas características de outro roubado na região e desconfiaram quando a mulher fugiu.
A reportagem procurou a Polícia Militar de Goiás (PMGO) para o posicionamento oficial, mas a corporação não havia se pronunciado até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.