Entrega da Astrazenca começa a ser normalizada a partir de terça (14). Idosos com mais de 95 anos receberão dose de reforço nesta segunda (13). Vacinação dos adolescentes deve retornar na quinta (16).
A dose de reforço nos idosos começa a ser aplicada nesta segunda-feira (13) no Rio. Vai ser um dia para cada idade, tendo início com os maiores de 95 anos, chegando na sexta-feira (17) na aplicação da terceira dose em idosos com 91 anos.
A entrega da Astrazenca, que está atrasada, deve ser normalizada a partir de terça-feira (14), segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As pessoas que receberam a primeira dose da Astrazenca e que procurarem os postos para tomar a segunda dose poderão tomar a Pfizer. O município do Rio foi o primeiro a adotar a combinação de imunizantes no país.
Com isso, o calendário de vacinação dos adolescentes só deve retornar na quinta-feira (16), para meninas de 14 anos. Na sexta-feira (17) está prevista a vacinação dos meninos da mesma idade. A vacina da Pfizer é a única autorizada pela Anvisa para imunização de adolescentes entre 17 e 12 anos.
Atraso na Astrazenca
O problema foi causado pela falta de matéria-prima — o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China, chegou com atraso.
Muitos municípios do estado do Rio estão com o estoque baixo de AstraZeneca e em alguns postos já há falta do imunizante, consequência da suspensão da entrega da vacina nas duas últimas semanas.
Procurada pelo G1, a Fiocruz disse que houve um “aumento de demanda global por insumos utilizados na produção de vacinas, o que se reflete em algumas dificuldades de abastecimento”. Disse ainda que a fundação tem atuado junto a fornecedores e empresas parceiras para manter seu cronograma e que atualmente o abastecimento está normalizado.
Redução nas internações
Pela segunda semana consecutiva houve queda nos atendimentos de urgência e emergência. E redução de 26% nas internações comparando a semana passada com as semanas entre os dias 15 a 28 de agosto.
“A gente tem uma redução muito expressiva de pacientes internados na cidade do Rio de Janeiro. A gente já teve 1.400 pacientes internados. Agora a gente tem 783 pacientes internados, uma queda de mais de 50%”, disse o secretário Daniel Soranz.
Segundo a prefeitura, hoje, a maioria das regiões segue com risco alto de contaminação. Mas depois de cinco semanas, seis áreas apresentaram melhora e passaram para risco moderado:
- Zona Portuária;
- São Cristóvão;
- Penha;
- Ilha de Paquetá;
- Santa Teresa;
- Barra da Tijuca.
Rio prorroga medidas até o dia 20
Nesta sexta, a prefeitura publicou um novo decreto, que estende as medidas restritivas por mais dez dias.
Boates, danceterias e salões de dança continuam proibidos de funcionar.
Mas houve mudanças em outros setores.
As aulas em grupo nas academias só eram permitidas com uma distância de 4 metros quadrados entre os alunos. Agora, o distanciamento diminui para 1 metro.
Áreas fechadas, como shoppings, cinemas, museus e teatros podem ter até 60% da capacidade de público — antes, era de 40%.
A distância mínima entre as pessoas nesses espaços passou de 1,5 metro para 1 metro.
Mortes e internações caem
Os índices de Covid começam a melhorar em todo o estado. A nova edição do mapa de risco da Covid-19 — divulgada nesta sexta pela Secretaria Estadual de Saúde — mostra que houve redução de 27% nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 13% no número de óbitos provocados pela doença.
A taxa de ocupação de leitos de UTI está hoje em 65%. A média móvel voltou a cair após mais de três semanas (veja o mapa da Covid pelo país).
“Há redução do risco global em todo o estado. A gente sai de um mapa laranja e entra num mapa amarelo, evidenciando claramente uma redução, uma melhora nos indicadores epidemiológicos — número de casos, casos graves e óbitos — e também assistenciais no que se refere à taxa de ocupação de leitos Covid”, disse o secretário Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
“A tendência de melhora nos indicadores reflete claramente o avanço da vacinação no estado do Rio. Mas é um momento de alerta ainda, de manter as medidas de precaução, de medidas proteção individual e coletiva, e que agora a gente vê cada vez mais perto a luz no fim do túnel”, concluiu.