O técnico manteve o grupo de jogadores convocados para as partidas contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias
A polêmica e criticada Copa América começa neste domingo com a seleção brasileira em campo. Após reclamações dos atletas ao torneio, por “razões humanitárias e de cunho profissional”, dos protestos de movimentos sociais no Distrito Federal por conta dos jogos durante o agravamento da pandemia e até a decisão de três patrocinadores de não associar suas marcas à competição, a bola rola com a seleção de Tite enfrentando a Venezuela, às 18h, em Brasília, pelo Grupo B.
O técnico manteve o grupo de jogadores convocados para as partidas contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias. Mesmo contrariados, eles decidiram participar da disputa – “somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira”, disseram em manifesto. Foi feita apenas uma mudança no elenco: Rodrigo Caio deu lugar a Thiago Silva, recuperado de lesão.
A ideia de abandono da competição se dissipou depois que Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF por causa de uma denúncia de assédio sexual e moral feita por uma funcionária da entidade. Grande parte do descontentamento dos atletas estava concentrada na figura do presidente, que tratou os jogadores como subordinados da entidade e quis tentar controlar até o que eles diriam nas entrevistas coletivas.
Esta noite, contra os venezuelanos, a tendência é de que Tite mantenha o sistema de jogo, mas faça algumas mudanças no time. Alisson volta ao gol. Renan Lodi vai para a esquerda e Paquetá fica com a vaga de Roberto Firmino. As últimas partidas mostraram que a seleção apresenta disputa por vagas em diferentes setores. Não se trata daquela clara busca por espaço como acontece nos clubes, mas não dá para cravar quem é o dono da posição ainda.
De todos, apenas o goleiro Alisson para ser o dono da posição. Algumas posições parecem claras para Tite. Casemiro no meio. Marquinhos na defesa.
Na defesa ainda, Thiago Silva está recuperado da lesão muscular sofrida na final da Liga dos Campeões e que o tirou das duas partidas das Eliminatórias. A tendência é de que ele volte a ser titular, mas Militão e Marquinhos não deram dores de cabeça na parte defensiva e foram seguros na saída de bola.
No meio, Fred atuou nas últimas duas partidas. Douglas Luiz era o titular até ficar suspenso contra o Equador. Por outro lado, há uma terceira opção. Paquetá atuou na função em parte dos dois jogos. No Paraguai, ainda definiu a vitória. Três disputando vaga. Por ora, Paquetá ganha a preferência.
No ataque a disputa continua aberta. Tite costuma olhar o adversário para escolher seu camisa 9. Diante do Paraguai, começaram jogando Gabriel Jesus, que teve ótima atuação, e Roberto Firmino, mais discreto. Também recuperado de um problema muscular, Gabigol busca outra chance. Quer jogar mais.
Na outra partida deste domingo, também pelo Grupo B, a Colômbia enfrenta o Equador na Arena Pantanal, às 21 horas. Do ponto de vista esportivo, o torneio não vale muita coisa. Ela não vale classificação para algo maior, como a antiga Copa das Confederações. Além disso, foi banalizada. Já foram realizadas edições em 2015, 2016 e 2019.
FICHA TÉCNICA
- Brasil: Alisson; Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro, Fred e Taquetá; Gabriel Jesus, Richarlison e Neymar.
- Técnico: Tite.
- Venezuela: Faríñez; Feltsche, Osorio, Ángel e Rosales; Cásseres, Rincón e Moreno; Savarino, Machís e Rondón.
- Técnico: José Peseiro.
- Juiz: Esteban Ostojich (Uruguai).
- Horário: 18h.
- Local: Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
- Na TV: SBT, Fox Sports e ESPN.
Estadão Conteúdo