George Divério era superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Coronel autorizou contratos sem licitação
O Ministério da Saúde exonerou, nesta quarta-feira (26/5), o coronel George Divério do cargo de superintendente estadual do órgão no Rio de Janeiro. A função era ligada à Secretaria-Executiva da pasta. A demissão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta.
Nomeado ainda na gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, Divério é acusado de participar de fraudes em contratos do ministério no Rio. Na última semana, o Jornal Nacional mostrou que militares escolheram, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos e usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes.
Em um período de dois dias, Divério, que era chefe da superintendência, autorizou duas contratações que somavam quase R$ 30 milhões. Do total, quase R$ 9 milhões foram para reformas de galpões usados como depósitos de papéis. Outros R$ 18,9 milhões para reformar o prédio do ministério, no Centro do Rio.
Após o apontamento de suposta fraude nas licitações, a Advocacia-Geral da União (AGU) anulou os contratos. Além disso, na última semana, o Tribunal de contas da União (TCU) abriu processo para investigar irregularidades nos acordos contratos feitos pela superintendência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
Em nota divulgada na época das acusações contra Divério, a pasta declarou que se irregularidades fossem comprovadas, elas serão encaminhadas aos órgãos competentes e adotadas as devidas sanções.