Ordem de internação compulsória foi cumprida pela Polícia Civil, na manhã deste domingo (23). Estudante de 19 anos foi detida na sexta (21), em operação que teve apoio do Ministério da Justiça e policiais dos EUA.
Policiais da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) do Distrito Federal cumpriram, na manhã deste domingo (23), uma ordem judicial de internação psiquiátrica compulsória da jovem, de 19 anos, investigada por um possível atentado contra uma escola do Distrito Federal. O pedido à Justiça foi feito no sábado (22), pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A decisão é da juíza plantonista do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). Segundo o MP, “o pedido deferido pela Justiça foi solicitado para garantir a segurança da pessoa em questão e de terceiros”.
“Após compartilhamento das provas da área criminal com área cível do MPDFT, foi solicitada a internação, medida de caráter cível para garantir a segurança não só da pessoa apontada como potencial autora do ataque, como da própria sociedade”, diz o MP.
A estudante foi detida na sexta-feira (21), em uma operação que contou com apoio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos da América (EUA). Os policiais americanos produziram um relatório sobre “indivíduos que teriam intenção de cometer graves atos de violência, incluindo massacres escolares no Brasil” (saiba mais abaixo).
Segundo os investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, a jovem confessou “a pretensão de realizar atos de grave violência”. No entanto, ela foi liberada após o depoimento “por não se configurar prisão em flagrante”, disse a polícia.
No sábado, além de pedir a internação compulsória da jovem, o Ministério Público intimou os pais da estudante e oficiou a Secretaria de Saúde do DF para o cumprimento da medida de internação psiquiátrica.
A investigação sobre o possível atentado no DF
A partir das informações dos especialistas dos EUA, a Coordenação do Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça e Segurança Pública começou a apurar o caso. As informações que faziam referência à jovem, que mora no Recanto das Emas, foram repassadas à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos do DF.
Ainda conforme a investigação, a jovem planejava um ataque a uma escola pública do Recanto das Emas na volta às aulas presenciais, suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus. No DF, o retorno das escolas públicas está previsto para agosto.
Na casa da estudante, os policiais apreenderam dispositivos eletrônicos, como celulares, e equipamentos que eram utilizados pelo suspeita, como armas que seriam para treino.