domingo, 23/02/25
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CPI da Covid poderá ser a única em funcionamento no Senado na pandemia

Além dela, há uma comissão parlamentar instalada na Casa, mas os trabalhos dessa estão parados há um ano por causa da pandemia da Covid, a CPI da Chapecoense

CPI da Covid poderá ser a única em funcionamento no Senado na pandemia
Foto: Rerodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Assim que for instalada, a CPI da Covid poderá ser a única em funcionamento no Senado. Além dela, há uma comissão parlamentar instalada na Casa, mas os trabalhos dessa estão parados há um ano por causa da pandemia da Covid, a CPI da Chapecoense.

Trata-se de um grupo de senadores que acompanha a situação de parentes das vítimas do acidente aéreo com o clube de futebol em 2016. O avião da Chapecoense sofreu uma pane por falta de combustível e caiu em uma área de floresta nas imediações de Medellín, na Colômbia. Das 77 pessoas a bordo, 71 morreram.

Na última movimentação, o relator da colegiado, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), pediu em fevereiro deste ano que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), estendesse o prazo de trabalho do grupo.

A comissão foi instalada em dezembro de 2019 para funcionar por seis meses e teve apenas sete reuniões, antes de ser interrompida pela pandemia até a retomada das atividades regulares do Congresso. O presidente da comissão é o senador Jorginho Mello (PL-SC).

Há ainda mais duas CPIs no Senado que esperam pela instalação da Casa, ambos tratam de questões ambientais. São elas: a CPI da Amazônia, que investiga o desmatamento na Amazônia Legal, e a CPI das Queimadas.

A duas tiveram o requerimento de criação lido em plenário em novembro de 2019 e, no andamento na Casa, constam como à espera de “publicação para que produza efeitos”. Nenhuma das duas tem presidentes.

A CPI da Amazônia foi apresentada em requerimento do senador Plínio Valério (PSDB-AM) para investigar, no prazo de 120 dias, as causas de ampliação dos índices do desmatamento na Amazônia Legal.

O período a ser investigado é de 1º de janeiro de 2018 a 27 de agosto de 2019. Também é objeto de apuração o aumento dos índices de queimadas.

Entre os focos, nesse estão, estão os repasses dinheiro público a ONGs. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a acusar, sem provas, as entidades de estarem envolvidas em queimadas.

Já a CPI das Queimadas foi sugerida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com o objetivo quase idêntido ao da comissão da Amazônia.

A ideia é apurar, no prazo de 120 dias, as causas da ampliação dos índices de desmatamento e de queimadas na Amazônia Legal. O senador ainda destacou que analisaria medidas do governo para combater o desmatamento.

O Senado também atua com a Câmara dos Deputados na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News, que investiga ataques cibernéticos que atentam contra a democracia, uso de perfis falsos nas eleições 2018 e a prática de cyberbullying.

O grupo foi instalado em setembro de 2019 e fez 23 reuniões até ser interrompido por causa da pandemia.

Nesta quarta-feira (14), o presidente do colegiado, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), se mostrou favorável ao adiamento da instalação da CPI da Covid tendo como base a experiência no grupo que apura as fake news.

Em manifestação nas redes sociais, ele disse que, “no momento, não é possível fazer oitivas de forma remota”. “Por isso, defendo que iniciemos os trabalhos para ouvir todos os convocados assim que a pandemia desacelerar em nosso país”, escreveu.

A comissão foi criada nesta terça-feira (13), cinco dias depois da decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso de mandar o Senado instalar a CPI da Covid.

Nesta quarta, o STF confirmou a decisão de Barroso. Por 10 a 1, os ministros concordaram que, como a minoria da Casa Legislativa conseguiu apoio de um terço dos senadores, há o direito de se abrir uma comissão para apurar ações e possíveis omissões do governo Bolsonaro na condução da crise sanitária decorrente da pandemia do coronavírus.

O colegiado precisa realizar a primeira reunião para a comissão ser instalada. Com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, as CPIs são criadas por requerimento de um terço dos senadores.

O grupo pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas.

Segundo o regimento do Senado, ao final dos trabalhos, a comissão envia à Mesa o relatório final e as conclusões da comissão para conhecimento do plenário.

O relatório poderá concluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao Ministério Público, para que promova a responsabilização civil e criminal dos infratores.

As CPIs no Senado

CPI da Chapecoense

Instalação: 11.dez.19 Escopo: apurar, no prazo de 180 dias, a situação dos parentes das vítimas da queda do avião da Chapecoense e identificar o motivo pelos quais ainda receberam suas devidas indenizações Estágio atual: suspensa em março por causa da pandemia da Covid

CPI da Amazônia

Instalação: não instalada; matéria lida em plenário em 5.nov.19 Escopo: investigar, no prazo de 120 dias, as causas de ampliação dos índices do desmatamento na Amazônia Legal no período entre 1º de janeiro de 2018 e 27 de agosto de 2019, assim como o aumento dos índices de queimadas na Amazônia Legal. Estágio atual: aguardando instalação

CPI das Queimadas

Instalação: não instalada; matéria lida em plenário em 6.nov.19 Escopo: Apurar, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, as causas da ampliação dos índices de desmatamento e de queimadas na Amazônia Legal, entre outros Estágio aual: aguardando instalação

CPI da Covid

Instalação: não instalada; criada em 13.abr.21 Escopo: apurar, no prazo de 90 dias, as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e o agravamento da crise sanitária no Amazonas com a falta de oxigênio para pacientes e possíveis irregularidades em contratos com recursos da União, bem como outras ações ou omissões cometidas por administradores públicos federais, estaduais e municipais Estágio atual: aguardando instalação

CPMI das Fake News

Instalação: 4.set.19 Escopo: investigar, no prazo de 180 dias, os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público; a utilização de perfis falsos nas eleições 2018; e a prática de cyberbullying Estágio atual: suspensa por causa da pandemia.

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