sábado, 15/11/25
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IPCA: inflação oficial acelera em março, chega a 6,10% em 12 meses e fica acima do teto da meta

Taxa ficou em 0,93% em março, maior alta para o mês desde 2015. Principais impactos na inflação do mês vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%). 

Ilustração

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,93% em março, depois de ter subido 0,86% em fevereiro, segundo divulgou nesta sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

“Esse é o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando foi registrada inflação de 1,32%”, informou o IBGE. 

Os principais impactos na inflação do mês vieram dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%). 

Inflação foi a maior para um mês de março desde 2015 — Foto: Economia/G1
Inflação foi a maior para um mês de março desde 2015 — Foto: Economia/G1 

Salto de 6,10% em 12 meses

No ano, o IPCA acumula alta de 2,05%. Em 12 meses, a inflação acumula alta de 6,10%, acima dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. 

A taxa em 12 meses ficou agora acima do limite superior da meta de inflação estabelecida para este ano – o centro da meta é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Segundo o IBGE, a taxa de 6,10% é a maior para um período de 12 meses desde dezembro de 2016, quando ficou em 6,29%. 

Indicador da inflação acumulada em 12 meses superou, em março, o teto da meta estabelecida pelo Banco Central — Foto: Economia/G1
Indicador da inflação acumulada em 12 meses superou, em março, o teto da meta estabelecida pelo Banco Central — Foto: Economia/G1

O que mais pesou

Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 6 tiveram avanço nos preços em fevereiro. Veja o resultado para cada um deles: 

  • Alimentação e bebidas: 0,13%
  • Habitação: 0,81%
  • Artigos de residência: 0,69%
  • Vestuário: 0,29%
  • Transportes: 3,81%
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,02%
  • Despesas pessoais: 0,04%
  • Educação: -0,52%
  • Comunicação: -0,07%

Perspectivas e meta de inflação

A meta central do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que agora está em 2,75% ao ano. 

Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 4,81% no ano, acima da meta central do governo, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. O mercado mantém a expectativa para a taxa Selic em 5% ao ano, o que pressupõe novas altas do juro básico. 

Em 2020, a inflação fechou em 4,52%, acima do centro da meta do governo, que era de 4%. Foi a maior inflação anual desde 2016. 

Metas para a inflação estabelecidas pelo Banco Central — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

Fonte: G1

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