O Tribunal de Contas do Distrito Federal determinou a suspensão de um pregão da Secretaria de Saúde que previa a contratação de uma empresa para a manutenção de 18 gasômetros, usados para analisar gases sanguíneos de pacientes em UTI, por R$ 15,5 milhões. Segundo o órgão, o GDF pagou R$ 6,8 milhões pelo mesmo serviço em 2012 – uma diferença de 128%. Em nota, a pasta disse que vai se adequar às exigências.
Na avaliação do certame, o tribunal disse que também levou em conta o valor do contrato feito em 2011 – R$ 6,2 milhões – e as estimativas de preços do Instituto Nacional do Câncer em dezembro do mesmo ano. O órgão afirma que os valores cotados pela secretaria estão, em média, 75% acima dos analisados pelo Inca.
“Tomando esses parâmetros, mesmo considerando a possibilidade dos serviços serem impactados pela alta do dólar no período, vemos que a estimativa total de R$ 15.540.065,85 é muito superior aos pagamentos verificados nos últimos dois anos. Assim, é provável que tenha havido superdimensionamento de preços ou serviços”, aponta o relatório.