Decreto que determina medidas restritivas proíbe venda de bebidas após o horário, mas estabelecimentos descumprem regras
Apesar do decreto que estabelece medidas restritivas para barrar a proliferação do coronavírus proibir a venda de bebidas alcoólicas após as 20h e impor toque de recolher entre 22h e 5h, bares do Distrito Federal aproveitaram a proximidade do feriadão de Semana Santa para faturar.
Nesta quarta, a Justiça derrubou liminar que proibia a volta do comércio do DF. Com a revogação, volta a valer o escalonamento das atividades econômicas determinado pelo GDF, às quais entraram em vigor na segunda-feira (29/3). O planejamento prevê que bares e restaurantes abram as portas das 11h às 19h.
Agora, esses estabelecimentos vão buscar a flexibilização para a abertura até às 21h, com possibilidade de clientes retirarem refeições pessoalmente após às 19h. “Pelas regras atuais, estamos abertos mesmo só para almoço na verdade. E só com almoço a gente não se sustenta”, ponderou o presidente do Sindhobar, Jael Antônio da Silva.
Contudo, nesta noite, nem as regras atuais foram seguidas. A equipe do Metrópoles registrou bares cheios, descumprimento da obrigatoriedade no uso de máscaras de proteção facial e dos horários limites de funcionamento, de venda de bebidas e de início do toque de recolher.
Os flagrantes ocorreram na região de Águas Claras, bairro de classe média da capital.
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) estipula multas para os estabelecimentos que descumprem as regras do Decreto nº 41.913 de 2021.
Veja os valores:
- R$ 3.816,96 a R$ 25 mil, a depender do porte da empresa, para quem descumprir medidas sanitárias.
- R$ 4 mil para o estabelecimento que não cobrar o uso obrigatório de máscaras para clientes e funcionários.
- R$ 2 mil para o cidadão que se recusar a usar máscara em locais públicos.
- até R$ 20 mil para quem promover aglomerações.
- R$ 1 mil para quem participar de aglomerações.
Colapso na saúde
Nesta quarta, o Distrito Federal registrou recorde de mortes por Covid-19, com 117 óbitos. Além disso, a capital passou a marca de 6 mil vidas ceifadas pela doença desde o início da pandemia.
Segundo o painel InfoSaúde, do GDF, a ocupação de unidades de terapia intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 está em 98% na noite desta quarta, com uma fila de espera de 250 pessoas por um leito. Os números demonstram que o sistema público de saúde está em colapso.
O restante do país demonstra o mesmo padrão, já que nesta quarta o Brasil também registrou recorde de óbitos, com 3.869 mortes.
Com informações do Metrópoles*