Bando especializou-se na receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, assim como na falsificação de documentos públicos
A Polícia Civil do DF, por intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI/PCDF), deflagou a Operação Rosso Corsa, para cumprimento de nove Mandados de Prisão Preventiva e 13 Mandados de Busca e Apreensão nas regiões administrativas de São Sebastião e de Santa Maria, no Distrito Federal, bem como nos municípios de Novo Gama, Luziânia e Catalão, no Estado de Goiás.
Trata-se de investigação policial da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos – DRRFV/CORPATRI, iniciada em setembro de 2020, direcionada a desbaratar organização criminosa estruturada e ordenada no Distrito Federal, com ramificações no Estado do Goiás, em plena atividade, especializada na receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, assim como falsificação de documentos públicos.
Segundo as investigações, o líder do grupo criminoso adquiria/receptava veículos furtados e/ou roubados, ocultando-os para que seus comparsas promovessem adulteração dos seus sinais identificadores (chassi, vidros, motor e placas), bem como para que emitissem documentação falsa (CRLV). Com o veículo “pronto”, ou seja, “clonado”, ele era anunciado a uma rede de receptadores que sabiam da procedência ilícita do bem.
As investigações mostraram que a maioria dos veículos mais novos e caros, como utilitários e esportivos, eram vendidos adulterados para receptadores especificados. Automóveis mais baratos, populares, costumavam ter suas peças desmontadas para abastecimento de uma rede clandestina de receptação de peças.
Desde 2018, a DRRFV tem informações a respeito das atividades ilícitas estabelecidas pelo líder da organização criminosa, o qual era conhecido por ser um grande intermediário de carros furtados e/ou roubados no DF. Ressalte-se que os integrantes desse grupo são velhos conhecidos desta Coordenação, já tendo sido investigados e presos pela DRRFV entre os anos de 2013 e 2015 pelos mesmos crimes, com grande parte do bando em regime liberdade provisória/prisão domiciliar.
O nome da operação, “Rosso Corsa”, que significa “vermelho corrida” em italiano, faz referência à cor da motocicleta DUCATI, um dos veículos “clonados” pelos criminosos, a qual foi recuperada durante as investigações.
INVESTIGADOS:
Indivíduos do sexo masculino, com idades entre 22 e 47 anos, sete deles com vastos antecedentes criminais pelos crimes de Organização Criminosa, Associação Criminosa e receptação, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, furto, falsificação de documento público.
CRIMES/PENAS:
Os investigados estão incursos no crime de organização criminosa (pena de 3 a 8 anos de reclusão). Além desse crime, alguns responderão também pela prática do crime de receptação (pena de 1 a 4 anos de reclusão), crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor (pena de 3 a 6 anos de reclusão) e crime de falsificação de documento público (pena de 2 a 6 anos de reclusão)