Medida é para evitar uma 2ª onda de contágios e a proliferação de novas variantes. Voos de e para o Reino Unido já estão proibidos e fronteiras terrestres e marítimas continuarão fechadas.
O governo argentino suspendeu nesta sexta-feira (26) todos os voos de e para Brasil, Chile e México. As novas restrições entram em vigor à 0h de sábado (27) e valem por tempo indeterminado.
A medida visa conter o avanço de uma segunda onda de Covid-19 na Argentina e a proliferação de novas variantes que já fazem estragos nos vizinhos.
Os voos de e para o Reino Unido seguem suspensos e as fronteiras terrestres e marítimas continuarão fechadas.
A fronteira aérea só está aberta a argentinos e moradores que estão voltando do exterior. Turistas estrangeiros estão proibidos de entrar no país desde 25 de dezembro.
Os viajantes deverão pagar por três testes de Covid-19 para entrar na Argentina (um antes de embarcar, outro ao chegar ao país e mais um depois de 7 dias).
Caso o resultado seja positivo, deverá ser feita um sequenciamento genômico para saber qual é a cepa do coronavirus. Se der negativo, ainda assim passageiro deverá cumprir dez dias de isolamento.
A decisão é publicada no dia em que os presidentes de países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) fazem reunião virtual para comemorar os 30 anos do bloco sul-americano.
Pelo Brasil, participarão o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes.
Não haverá voos oficiais de repatriação de argentinos que estão no exterior, como os ocorreram no ano passado e beneficiaram mais de 200 mil cidadãos, segundo o jornal “Clarín”. Hoje há cerca de 27 mil fora do país.
Covid-19 na Argentina
Com 55 mil mortes e 2,7 milhões de casos confirmados de Covid-19, a Argentina é o 13º país com mais óbitos e o 12º com mais infectados, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
O país de 44 milhões de habitantes tem registrado uma média de 100 mortes e 7,3 mil casos por dia, contra mais de 2,2 mil óbitos e 77 mil infectados por dia no Brasil.
Por RFI, G1