Distritais avaliam ajudar injetando emendas parlamentares no Instituto BRB. No total, serão abertos 300 leitos para a população
Diante do colapso da rede pública de Saúde na pandemia do novo coronavírus, o Banco de Brasília (BRB) solicitou apoio da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para a construção de três hospitais modulares no DF.
O projeto consiste na construção de estruturas acopladas aos hospitais regionais de Samambaia, Paranoá e Planaltina. Juntos, os hospitais modulares terão 300 novos leitos para atender os brasilienses acometidos pela Covid-19.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, pediu ajuda de custo, na forma das emendas parlamentares, aos deputados distritais. A solicitação foi feita na tarde de quarta-feira (17/3).
Segundo Costa, a proposta é unir as forças da CLDF, do Governo do Distrito Federal (GDF) e do setor produtivo da capital para desafogar a rede de saúde, neste momento crítico da pandemia.
“Isso representa um esforço conjunto, de vários poderes e da iniciativa privada, visando construir uma saída importante e perene para o sistema público do DF. Tem um componente simbólico”, explicou o presidente do Banco de Brasília.
Na noite deste quarta-feira (17/3), 255 pessoas estavam na fila por uma unidade de terapia intensiva (UTI) no Distrito Federal. Conforme o governo, a maioria de pacientes com Covid-19 em UTI tem de 25 a 59 anos. Por isso, para o BRB, a construção de novos leitos é urgente.
“É preciso que a gente abra um volume expressivo de leitos. Mas também há um outro elemento importante. Esses hospitais serão permanentes”, pontuou Paulo Henrique Costa. Os hospitais modulares permanecerão funcionando após a pandemia.
Lockdown
Além da redução do impacto da pandemia, o projeto poderá criar o ambiente para a retomada gradual das atividades econômicas, quando for seguro. Ou seja, permite o progressivo fim do lockdown e do toque de recolher em vigor no DF.
Para Paulo Henrique Costa, o projeto também atenua o impacto negativo da pandemia, proporcionando emprego e renda. O custo de construção das unidades ainda está sendo calculado.
O dinheiro seria encaminhado para o Instituto BRB. E a entidade faria a operação do projeto. Segundo o presidente do Banco de Brasília, por ser um organização do terceiro setor, o instituto pode receber emendas parlamentares.
“Todo o Parlamento se mostrou muito sensível ao tema. E agora a gente aguarda a decisão dos parlamentares em relação ao apoio e recursos de emendas, para que a gente possa avançar com a construção”, finalizou.
Não há prazo para as respostas dos distritais. Parte dos deputados analisa os aspectos jurídicos do repasse para o Instituto BRB.
As informações são do Metrópoles