Previsão é do secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto. Nova remessa ampliaria campanha para idosos de 75 a 78 anos
Durante a inauguração de posto-base descentralizado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na manhã desta quinta-feira (11/2), na QNJ, em Taguatinga, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, adiantou que, até o próximo dia 23, chegarão ao Distrito Federal cerca de 100 mil doses da Coronavac.
Segundo Okumoto, existe um plano de distribuição determinado pelo fabricante sobre os IFAs (matéria-prima para a produção do imunizante) que chegaram ao Instituto Butantan, em 3 de fevereiro – na prática, leva em torno de 17 dias para a produção. “Então, estará viabilizada a finalização da fabricação no dia 20, mais ou menos, e, com todo o trabalho de logística, a gente calcula que, no dia 23, estará chegando essa nova quantidade para Brasília”, afirmou.
No momento, idosos de 79 anos ou mais são vacinados no DF. “O quantitativo é de 6,1 mil pessoas recebendo a dose. Como nós iniciamos antes do que Minas e Goiás, muitos idosos do Entorno estão vindo vacinar. Estamos atendendo a todos com maior atenção. Logicamente, quando a gente antecipa a vacinação para 79 (anos), também vamos vacinar esse público aqui no DF”, destacou o secretário de Saúde.
“Estamos fazendo o levantamento de quantas pessoas serão atendidas aqui e, com certeza, vamos extrapolar os 6,1 mil. Por isso, esperamos nova carga de doses para que possamos aumentar a vacinação para o público de 75 a 78 anos. Com o que o Ministério da Saúde está disponibilizando, vai gerar em torno de 8,6 milhões de doses para o Brasil todo. Esperamos receber mais de 100 mil doses. Assim que chegar, vamos ativando outros grupos, de acordo com a quantidade”, ressaltou.
Compra direta
Questionado sobre a possibilidade de o DF comprar vacinas, Okumoto disse que se trata de especulação. “Não há ninguém recebendo vacinas compradas pelos estados ou municípios. Todas as cartas de intenções que haviam antes do Programa Nacional de Imunização (PNI) estão canceladas. Há tratativas para uma eventualidade. Mas, nesse momento, todas as vacinas do país que vêm sendo regularizadas pela Anvisa são adquiridas pelo PNI”, pontuou.
Okumoto também comentou a reunião da Comissão da Vacina da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) com o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a liberação das compras diretas de vacinas. “Acho importante que haja essa possibilidade, uma vez que isso amplia a oferta de vacinas no país e que elas possam ser adquiridas de uma maneira mais ampla. Isso facilita o trabalho dos municípios e dos estados em relação à tripartite que regula as questões de Saúde no país, e isso é muito viável.”
Sobre o Telecovid, o secretário de Saúde informou que problemas são registrados porque pessoas utilizam o serviço para tirar dúvidas. “O Telecovid é exclusivo para agendamento de pacientes idosos acamados. Quando usam para outras finalidades, isso causa um estrangulamento dos nossos serviços de atendimento e, aí, quem realmente precisa não chega a ter o direito de fazer a solicitação de atendimento do acamado”, explicou.