Até novembro do ano passado, a frota aérea do Primeiro Comando da Capital (PCC) era superior a soma total de aviões e helicópteros das Polícias Civil (PC) e Militar (PM) do Estado de São Paulo. Conforme apontado pelo UOL, juntas, as duas corporações têm 33 aeronaves.
O número de aeronaves das duas instituições é menor do que as 37 aeronaves apreendidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Enterprise, deflagrada em novembro de 2020. Ações realizadas anteriormente apreenderam mais aeronaves.
Uma das aeronaves apreendidas na Operação Enterprise foi avaliada em US$ 20 milhões, cerca de R$ 108 milhões. Autoridades apreenderam R$ 1 bilhão em bens. Segundo apurado pelos agentes da PF, o chefe do esquema era o ex-policial militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, de 62 anos. Eles estava foragido na Europa
Conhecido como Major Carvalho, Sérgio utilizava aeronaves para trazer toneladas de cocaína da Bolívia e da Colômbia ao Brasil e depois exportava a droga para países europeus.
Operações que apreenderam outras aeronaves
Na Operação Reis do Crime, desencadeada em setembro de 2020, a PF bloqueou R$ 730 milhões em bens, incluindo dois helicópteros.
A Operação Além-Mar, realizada em agosto do ano passado, conseguiu apreender em 10 estados: quatro helicópteros, quatro aeronaves, quatro embarcações, duas motos aquáticas e 130 veículos. Além disso, a PF confiscou mais R$ 55 milhões em bens em poder de traficantes ligados ao PCC.
Durante a Operação Shark, outro braço financeiro do PCC foi desmembrado. Na ocasião, planilhas apreendidas mostraram que uma célula do PCC movimentou R$1 bilhão com o tráfico de drogas entre 2018 e 2019. Em seis meses foram gastos R$ 5 milhões somente em despesas com manutenção de aeronaves.
Além das operações realizadas, a Polícia Civil de São Paulo também conseguiu apreender dois helicópteros em setembro de 2019, em uma mansão em Angra dos Reis.(ISTOÉ)